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Trabalho sob escombros de prédio que desabou deve levar mais 13 dias

Os trabalhos de busca por cinco desaparecidos já duram seis dias; Ainda estão sendo procurados um casal e uma mãe com os dois filhos gêmeos

Bombeiros em prédio que desabou após incêndio em São Paulo (Leonardo Benassatto/Reuters)

Bombeiros em prédio que desabou após incêndio em São Paulo (Leonardo Benassatto/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 6 de maio de 2018 às 18h20.

Última atualização em 6 de maio de 2018 às 18h21.

Pelo menos mais 13 dias serão necessários para o Corpo de Bombeiros chegar ao segundo subsolo do edifício Wilton Paes de Almeida, que desabou no dia 1° de maio, para garantir que não resta nenhuma vítima sob os escombros. Os trabalhos de busca por cinco desaparecidos já duram seis dias. Ainda estão sendo procurados um casal e uma mãe com os dois filhos gêmeos. Neste momento, 49 bombeiros atuam na operação.

De acordo com o tenente Guilherme Derrite, porta-voz do Corpo de Bombeiros, estão sendo utilizadas duas retroescavadeiras e uma escavadeira com uma espécie de gancho na ponta, chamada de mordedor hidráulico, que auxilia na movimentação do concreto para retirada de ferros retorcidos. Oito caminhões retiram os escombros do local.

São duas frentes de atuação do Corpo de Bombeiros: uma equipe de busca e resgate em estruturas colapsadas e outra fazendo rescaldo e resfriamento da estrutura. Derrite destacou que a todo momento o trabalho das máquinas é acompanhado pela equipe de resgate e, caso seja identificado alguma evidência dos desaparecidos, é iniciada a busca manual.

O tenente exemplificou que, quando as cadelas da corporação indicaram o provável local do corpo de Ricardo Pinheiro, 39 anos, foram necessárias 22 horas até que ele fosse encontrado. "Tivemos que tirar 8 metros de entulho até chegar ao corpo do Ricardo", disse o tenente. Ricardo morreu quando já estava sendo resgatado pelos bombeiros. A identificação do corpo foi possível após realização de exame com as impressões digitais, segundo a Secretaria Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

Guilherme Derrite destacou que, por enquanto, a operação deve continuar no mesmo formato. "A linha mestra é o resfriamento, ele tem que ocorrer. Uma mudança estratégica grande é muito difícil. O que pode ocorrer é uma ou outra alteração tática", explicou Derrite. Entre as alterações táticas está, por exemplo, a movimentação das linhas de mangueira.

Por entre o morro de concreto, é possível visualizar parte de roupas dos sobreviventes da tragédia. O trabalho das máquinas não para e uma fumaça branca ainda sai dos escombros. "É parte do trabalho de resfriamento que está sendo feito", explicou Derrite.

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