"O fato de o presidente Eduardo Cunha estar aqui mostra que nós estamos com a bancada integrada. Ele foi líder do PMDB, tem intimidade com todos os deputados e o estranho seria se não tivesse", concluiu Padilha (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 12 de agosto de 2015 às 15h58.
Brasília - O ministro da Aviação Civil e um dos articuladores políticos do governo, Eliseu Padilha, minimizou, nesta quarta-feira, 12, a turbulência política entre o governo federal e a Câmara dos Deputados, mas admitiu que segue trabalhando em busca da consolidação da base parlamentar. "Onde é que há belicosidade com o Palácio do Planalto? Não tem belicosidade.
Estamos, sim, trabalhando para ver se conseguimos consolidar uma base mais consistente e nós que estamos no governo temos essa preocupação", afirmou Padilha ao chegar ao almoço com o vice-presidente da República com 54 dos 67 deputados federais do PMDB.
Entre eles, está o presidente da Câmara dos Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que recentemente anunciou o rompimento com o governo federal. Padilha negou que haja um trabalho no Planalto para isolar Cunha.
"O fato de o presidente Eduardo Cunha estar aqui mostra que nós estamos com a bancada integrada. Ele foi líder do PMDB, tem intimidade com todos os deputados e o estranho seria se não tivesse", concluiu Padilha.
Apesar do discurso pacificador de Padilha, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) chegou ao almoço com ataques ao governo federal. Ao ser indagado se haveria um vale-tudo entre governo e Câmara, Perondi afirmou que a prática acontece exclusivamente no Palácio do Planalto.
"O vale-tudo que a presidente Dilma está jogando para Parlamento está jogando errado. O escândalo da compra de Pasadena, o escândalo que agride todo dia, que é o da Petrobras, a Operação Lava Jato, companheiros dela presos na cadeia mostram que o vale-tudo, se existe, e acho que existe, está do outro lado, no Palácio."