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Trabalhadores de Belo Monte iniciam greve por reajuste

Os trabalhadores reivindicam um aumento de 15% nos salários para toda a categoria, além de cesta básica de R$ 380


	Obras da Belo Monte: atualmente, as obras de Belo Monte incluem três canteiros principais: Pimental, Canais e Diques e Belo Monte
 (Valter Campanato/ABr)

Obras da Belo Monte: atualmente, as obras de Belo Monte incluem três canteiros principais: Pimental, Canais e Diques e Belo Monte (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2013 às 14h15.

Brasília – Na manhã de hoje (26), 27 mil empregados que trabalham na construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, paralisaram as atividades, por tempo indeterminado.

Em assembleia sábado (23), eles rejeitaram a proposta do Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), que prevê um reajuste salarial de 11% para a maioria dos trabalhadores, de 30% na cesta básica e vale-alimentação, além de aumento de 12% na Participação nos Lucros e Resultados.

Os trabalhadores reivindicam um aumento de 15% nos salários para toda a categoria, além de cesta básica de R$ 380.

Os empregados também pediram que os sábados fossem considerados dias livres, ou, no caso de trabalho, que fosse pago como hora extra, mas o pleito não foi aceito pela empresa.

O CCBM informou que, diante da não ocorrência de acordo, “está avaliando as medidas a serem tomadas”. A diretoria está reunida hoje para analisar a possibilidade de novas propostas. A data-base dos trabalhadores se encerra este mês.

O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada do Pará (Sintrapav), Roginel Gobbo, disse que os trabalhadores esperam que a empresa faça uma nova proposta.

Ele garante que a greve está sendo feita de forma pacífica, sem nenhum incidente. “Estamos tentando direcionar para que o descontentamento seja só na parte econômica ou social, mas que isso não se transforme em atos como houve no passado”, disse Roginel Gobbo à Agência Brasil.

Os empregados também aguardam que a empresa passe ao sindicato a relação dos serviços considerados essenciais (refeitório, transporte, segurança e alojamento) para determinar a volta de parte dos funcionários ao trabalho.


No ano passado, os operários de Belo Monte paralisaram as atividades durante 11 dias, pedindo o aumento no vale-alimentação e a redução do período entre as folgas para visitar a família. O Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região considerou a greve ilegal e determinou a volta ao trabalho.

Segundo o Sintrapav, o reajuste de 11% oferecido para a empresa foi para os trabalhadores que estão entre os níveis 1 e 4, o que envolve empregados das áreas de execução, área técnica e encarregados. Para os demais níveis, que inclui cargos de supervisor e gerente, o aumento oferecido chegou a 6,5%. Roginel Gobbo diz também que, em relação à cesta básica, foi oferecido entre 25% e 30% de reajuste, dependendo da categoria.

Atualmente, as obras de Belo Monte incluem três canteiros principais: Pimental, Canais e Diques e Belo Monte. Outros dois canteiros dão suporte às obras: Bela Vista e Infraestrutura. Todos estão com as obras paralisadas.

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