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Torquato: Assassinato de Marielle não põe em xeque intervenção

O ministro da Justiça disse ainda que as reações à morte da vereadora são "todas emocionais" e que é preciso investigar para apontar responsáveis

Exército: a Polícia Federal já está atuando e auxiliando o Estado na investigação (Pilar Olivares/Reuters)

Exército: a Polícia Federal já está atuando e auxiliando o Estado na investigação (Pilar Olivares/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de março de 2018 às 12h42.

São Paulo - O ministro da Justiça, Torquato Jardim, afirmou nesta quinta-feira, 15, que o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), ocorrido na quarta-feira, 14, foi "mais uma tragédia" no Rio de Janeiro e não coloca em xeque a intervenção federal. Ele disse ainda que as reações à morte de Marielle são "todas emocionais" e que é preciso investigar para apontar responsáveis.

A parlamentar fazia críticas à intervenção no Rio e denunciava supostos abusos das forças de segurança durante a intervenção. "Foi uma tragédia, mais uma tragédia diária do Rio de Janeiro, lamentável. É preciso conhecer bem as razões e ir atrás dos responsáveis", disse Jardim, após participar de painel no Fórum Econômico Mundial sobre América Latina. "Isso não põe em xeque a eficácia da intervenção federal."

O ministro disse que a Polícia Federal já está atuando e auxiliando o Estado na investigação. A PF, anteriormente subordinada à pasta comandada por ele, agora está sob o guarda-chuva do Ministério da Segurança Pública.

Quando jornalistas insistiram nas perguntas sobre o homicídio, o ministro reforçou que não queria antecipar juízo sobre o caso. Ele disse ainda que as reações com a morte da vereadora são "emocionais". "Todas as reações são emocionais, para quem perde parente é tudo emocional. Agora daí a ter outras inferências eu acho cedo e precipitado."

O ministro disse que "até pode ter sido um assalto comum" e que, em caso negativo, é preciso identificar quem executou e os motivos. "É preciso conhecer as circunstâncias concretas para saber se é envolvimento de milícia, se é acerto político", afirmou.

Ele lembrou que, na última eleição municipal, houve mais de uma dezena de mortes de candidatos na Baixada Fluminense.

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