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Toffoli nega abertura de ação de Bolsonaro contra Moraes no STF

Presidente alegava abuso de autoridade contra ministro

STF: Segundo o ministro, os fatos descritos na ação proposta por Bolsonaro não trazem indícios de possíveis delitos cometidos por Alexandre de Moraes (Banco de Imagens/AP Images)

STF: Segundo o ministro, os fatos descritos na ação proposta por Bolsonaro não trazem indícios de possíveis delitos cometidos por Alexandre de Moraes (Banco de Imagens/AP Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 18 de maio de 2022 às 13h36.

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, negou nesta quarta-feira a notícia-crime apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro contra o ministro Alexandre de Moraes por abuso de autoridade.

Segundo o ministro, os fatos descritos na ação proposta por Bolsonaro não trazem indícios de possíveis delitos cometidos por Alexandre de Moraes.

"Ante o exposto, considerando-se que os fatos narrados na inicial evidentemente não constituem crime e que não há justa causa para o prosseguimento do feito, nego seguimento à inicial, nos termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno do STF, rejeitando, desde logo, o mérito da petição.Constato, por derradeiro, que, diante da ampla divulgação, pela  imprensa, de considerável parte daquilo que foi encartado no presente feito, não mais se justifica a manutenção do sigilo", afirmou o ministro.

No documento enviado ao presidente do STF, Luiz Fux, na noite de terça-feira, Bolsonaro listou cinco razões para fundamentar seu pedido de abertura de ação contra Alexandre de Moraes. O documento foi assinado pelo advogado Eduardo Magalhães, do Paraná.

Segundo Bolsonaro, Moraes estaria cometendo abuso de autoridade no chamado inquérito das Fake News, em razão de seu prazo excessivo. Além disso, de acordo com o presidente, Moraes não teria autorizado acesso da defesa aos autos, não respeitaria o contraditório dos advogados, e teria decretado medidas não previstas no Código Penal. Por fim, Bolsonaro também acusou Moraes de mantê-lo como investigado apesar da PF já ter concluído que o presidente não teria cometido crime em sua live sobre as urnas eletrônicas.

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