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Toffoli deve confirmar voto por absolvição de José Dirceu

Ex-subchefe de Assuntos da Casa Civil da Presidência na gestão de Dirceu, Toffoli deve votar a favor do petista

O ministro do Supremo Tribunal Federal, José Antonio Dias Toffoli, coçando os olhos (Ueslei Marcelino/Reuters)

O ministro do Supremo Tribunal Federal, José Antonio Dias Toffoli, coçando os olhos (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2012 às 11h26.

Brasília - Além da condenação do ex-ministro José Dirceu, a participação no julgamento do ministro José Antonio Dias Toffoli deverá ser o destaque da sessão desta terça-feira no Supremo Tribunal Federal (STF). Ex-subchefe de Assuntos da Casa Civil da Presidência na gestão de Dirceu, Toffoli deve votar a favor do petista, conforme expectativas de ministros do Supremo e de advogados.

Se confirmado esse posicionamento de Toffoli, ele deverá se juntar ao revisor do processo, Ricardo Lewandowski, que votou contra a punição do ex-ministro da Casa Civil. Conforme Lewandowski, não existem provas contra o petista, apenas ilações.

Toffoli está no STF desde outubro de 2009. Ele foi nomeado para o cargo pelo então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, de quem foi advogado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante a campanha eleitoral vitoriosa de 2002. Com a ida de Lula para o Palácio do Planalto, Toffoli foi para a Casa Civil e em seguida assumiu a Advocacia-Geral da União (AGU).

No Supremo há ainda quem acredite que nesta terça-feira Toffoli poderá surpreender e não votar em relação às acusações imputadas a José Dirceu. A participação do ministro no julgamento também foi contestada pelo fato de ele namorar a advogada Roberta Rangel, que defendeu o ex-deputado federal Professor Luizinho. Atualmente, Roberta não trabalha mais no caso.

Por causa desse passado no governo Lula e da proximidade com a ex-advogada de Luizinho, nos últimos meses Toffoli foi pressionado a não participar do julgamento do mensalão. No entanto, iniciado o julgamento, ele votou em relação a acusações imputadas aos núcleos financeiro, publicitário e político.

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