Brasil

Toffoli absolve João Paulo de três acusações

O voto de Toffoli no processo de julgamento dos réus do escândalo do mensalão já era esperado


	O ministro do Supremo Tribunal Federal, José Antonio Dias Toffoli: Toffoli absolveu também o empresário Marcos Valério e os sócios Ramon Hollerbach e Cristiano Paz
 (José Cruz/Agência Brasil)

O ministro do Supremo Tribunal Federal, José Antonio Dias Toffoli: Toffoli absolveu também o empresário Marcos Valério e os sócios Ramon Hollerbach e Cristiano Paz (José Cruz/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2012 às 23h30.

Brasília - O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou pela absolvição do ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP), hoje deputado federal, na acusação de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro, ao receber R$ 50 mil da empresa SMP&B, de Marcos Valério, em 2003. O dinheiro foi sacado na agência do Banco Rural, de Brasília, por Márcia Regina, mulher do deputado.

Com esse voto, Toffoli absolveu também o empresário Marcos Valério e os sócios Ramon Hollerbach e Cristiano Paz por crimes de corrupção ativa e peculato, exatamente como foi o voto do ministro revisor do processo, Ricardo Lewandowski.

O voto de Toffoli no processo de julgamento dos réus do escândalo do mensalão já era esperado. Ex-advogado do PT, Toffoli é tido como voto certo em favor dos réus petistas.

"Não vejo lavagem de dinheiro. O dinheiro foi entregue ao réu pelo próprio Delúbio Soares, para pagar pesquisas eleitorais na região de Osasco", disse Toffoli, ao afirmar que João Paulo não lavou dinheiro.

Quanto à acusação de corrupção passiva, Toffoli citou depoimentos em juízo de testemunhas da comissão de licitação da Câmara para "provar que o processo de contratação" da empresa SMP&B foi legal.

O Ministério Público acusou João Paulo de ter recebido R$ 50 mil de Marcos Valério para facilitar a contratação da SMP&B pela Câmara dos Deputados.

Caso BB - Henrique Pizzolato

Dias Toffoli, no entanto, votou pela condenação de Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, por crime de peculato no caso do desvio de cerca de R$ 2,5 milhões em um contrato do BB com a empresa DNA, de Marcos Valério, e do contrato de cerca de R$ 73 milhões da Visanet com a empresa do publicitário. Nesse caso, Marcos Valério e seus dois sócios também foram condenados.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoEscândalosFraudesMensalãoPolítica no BrasilSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP

Governos preparam contratos de PPPs para enfrentar eventos climáticos extremos

Há espaço na política para uma mulher de voz mansa e que leva as coisas a sério, diz Tabata Amaral

Quais são os impactos políticos e jurídicos que o PL pode sofrer após indiciamento de Valdemar