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Todos querem participar nas decisões do governo, diz PSD

Líder do partido no Senado aproveitou presença de Aloizio Mercadante para cobrar uma maior participação do partido na tomadas de decisões do governo


	Omar Aziz, líder do PSD no Senado: "Temos que ter o ônus e o bônus"
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Omar Aziz, líder do PSD no Senado: "Temos que ter o ônus e o bônus" (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2015 às 16h01.

Brasília - O apoio declarado às propostas de ajuste fiscal do governo federal por parte de integrantes da cúpula do PSD também foi acompanhado de críticas à condução na área política do Palácio do Planalto.

Em jantar realizado nesta terça-feira, 24, entre a equipe econômica e representantes do PSD, o líder do partido no Senado, Omar Aziz (AM), aproveitou a presença do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, para cobrar uma maior participação do partido na tomadas de decisões do governo.

Essa mesma reivindicação foi ouvida por Mercadante no dia anterior em encontro similar ocorrido com integrantes do PMDB.

"Todo mundo quer ter uma participação maior nas tomadas de decisões do governo. Temos que ter o ônus e o bônus", ressaltou Aziz ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, ao se referir aos temas discutidos na reunião desta terça-feira.

"A principal arma do governo deve ser a humildade para que se possa avançar nas propostas necessárias ao país. Não vamos votar no projeto da presidente Dilma, mas em um projeto para o país. Não dá para dizer que esse ou aquele programa é do PT, mas sim de toda uma base aliada. Hoje parece que só existem dois partidos: o PT e o PMDB. Vamos ver se agora muda essa cultura de negociações (entre o Palácio do Planalto e o Congresso)", ressaltou Aziz.

Apesar das queixas da relação no campo político com o Palácio, os integrantes do PSD sinalizaram que vão apoiar a votação das duas Medidas Provisórias que endureceram o acesso a benefícios trabalhistas como o abono salarial e o seguro-desemprego.

As mudanças sugeridas pelo governo nas regras podem gerar uma economia de R$ 18 bilhões.

As propostas devem começar a ser discutidas na próxima semana com a instalação das comissões mistas que tratarão do tema.

Entre os presentes no jantar de ontem estava o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que chegou por volta das 21h30 na residência do líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso (DF), local do encontro.

Também participaram da reunião os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa; das Cidades, Gilberto Kassab; de Relações Institucionais, Pepe Vargas; e da Micro e Pequena Empresa, Afif Domingos; além do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

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