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Todos os problemas de Marcelo Crivella, de volta ao Rio

ÀS SETE - Após viagem à Europa, o prefeito carioca encontra, nesta segunda-feira, uma cidade em ponto de combustão e sitiada pela intervenção do Exército

Crivella: o prefeito também tem que explicar a natureza e as contas de suas viagens (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Crivella: o prefeito também tem que explicar a natureza e as contas de suas viagens (Tomaz Silva/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2018 às 06h40.

Última atualização em 19 de fevereiro de 2018 às 07h17.

De volta ao Rio de Janeiro de uma viagem à Alemanha, o prefeito Marcelo Crivella (PRB) encontra, nesta segunda-feira, uma cidade em ponto de combustão, sitiada pela intervenção na segurança, pelas consequências das fortes chuvas que caíram sobre a cidade.

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Para completar, Crivella ainda virou alvo do Ministério Público do Rio de Janeiro, que apura possíveis irregularidades em suas viagens internacionais – foram seis desde que assumiu o mandato, há 14 meses.

Crivella retomou a agenda oficial no sábado, quando se reuniu com o presidente Michel Temer e o governador Luiz Fernando Pezão (MDB) para discutir a intervenção junto do general Walter Souza Braga Netto, o interventor do Comando Militar do Leste, que deverá permanecer no Rio até o dia 31 de dezembro de 2018.

Decretada pelo presidente Temer na última sexta-feira, é necessário que o Congresso aprove a intervenção para que ela entre em vigor, uma medida tão extrema que nunca havia sido ordenada desde o estabelecimento da constituição de 1988.

A segurança no Rio de Janeiro, é dos principais motivos pelo decreto, esta semana o porta-voz da Polícia Militar, major Ivan Blaz, afirmou que quem visita o Rio não deveria usar o celular para fazer selfies.

O estado teve em 2017 a maior taxa de homicídios dos últimos oito anos: foram 6.727 mortes violentas, 465 a mais do que no ano anterior, numa média de 36,7 mortes por 100.000 habitantes.

Além da questão da segurança, pairam sobre o Rio de Janeiro as nuvens de chuva. Na quinta-feira, choveu na cidade 75% do esperado para o mês de fevereiro inteiro, segundo a própria página de Crivella afirmou nas redes sociais.

A chuva deixou quatro mortos e mais de 2.000 desalojados. No domingo, a cidade ainda estava sob alerta, segundo informações do Centro de Operações Rio (COR).

Crivella também tem que explicar a natureza e as contas de suas viagens. O MP-RJ determinou que seja esclarecido o custo de cada viagem internacional, com encaminhamento de planilha das passagens aéreas e diárias.

No ano passado, o município aditou em 46% o valor das diárias pagas aos agentes públicos municipais em viagens oficiais ao exterior.

A Agência Espacial Europeia esclareceu ao jornal O Globo que a visita de Crivella era privada e que a agência não vende equipamento de segurança, conforme afirmado anteriormente pelo prefeito. No Rio, resta ao prefeito, agora, governar a cidade que o elegeu. 

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