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Em articulação, reforma ministerial está cercada de incertezas

ÀS SETE – Apesar de preferir fazer uma reforma ministerial completa, o governo decidiu reavaliar a questão e deve fazer apenas trocas pontuais

IMBASSAHY (PSDB): o ministro da Secretaria de Governo tem um dos cargos mais cobiçados pelo centrão  / Alexssandro Loyola/PSDB/Divulgação

IMBASSAHY (PSDB): o ministro da Secretaria de Governo tem um dos cargos mais cobiçados pelo centrão / Alexssandro Loyola/PSDB/Divulgação

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2017 às 06h43.

Última atualização em 16 de novembro de 2017 às 07h28.

O pós-feriado inicia um período que deve ser agitado para a presidência da República. Se os deputados estão de folga desde a semana passada, Michel Temer deve continuar gastando saliva articulando a reforma ministerial. O governo prefere fazer uma reforma ministerial completa, retirando até o final do ano todos os ministros que pretendem ser candidatos em 2018 – são ao menos 17.

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Os partidos que ocupam as pastas e apoiam o governo no Congresso preferem segurar-se nos cargos até a data mais próxima da eleição possível, em abril. A ideia é continuar com o palanque que a máquina pública viabiliza.

Pressionado, Temer decidiu reavaliar a questão e deve fazer apenas trocas pontuais, mas ainda não está decidido. Ainda sobram situações complicadas, como a dos ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Gilberto Kassab (Comunicações), que ainda não decidiram se serão candidatos.

Ainda existe a complexa posição do PSDB. Os tucanos estão em cima do muro sobre o desembarque. Declaram que deixarão os três ministérios que ainda ocupam, Direitos Humanos, com Luislinda Valois, Relações Internacionais, com Aloysio Nunes e Secretaria de Governo, com Antônio Imbassahy, até o dia 9 de dezembro, quando acontece a convenção do partido. Bruno Araújo (PE) deixou a pasta de Cidades na segunda-feira.

O maior interessado nos cargos, em qualquer cargo, é bloco do centrão, que reúne boa parte do baixo clero dos deputados e está se sentindo relegado pelo Planalto. São partidos que estiveram com Temer durante os piores momentos da crise, enquanto o PSDB se dividiu. Por isso, passaram a pressionar o presidente por mais poderes.

Logo que Araújo deixou sua pasta, líderes do bloco fizeram chegar a Temer que não iriam esperar pela reforma até a convenção do PSDB. Deram a entender que o apoio à reforma da Previdência – e qualquer outra pauta de interesse do Planalto que venha a surgir – pode ser esvaziado.

De acordo com o portal G1, Temer sinalizou no início da semana ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que deve ceder e recolocar Imbassahy em outra pasta, provavelmente no Turismo. Os próximos 15 dias, então, devem decidir não só o futuro da esplanada dos ministérios, mas de todo o governo Temer.

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