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Texto da reoneração não tem votos para ser aprovado, diz Maia

Presidente da Câmara disse que vincular a reoneração da folha de pagamentos a recursos para a área de segurança pública pode facilitar a votação do projeto

Rodrigo Maia: "A reoneração tem dificuldades porque mexe em alguns setores que têm boa representação na Câmara" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Rodrigo Maia: "A reoneração tem dificuldades porque mexe em alguns setores que têm boa representação na Câmara" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 19 de março de 2018 às 18h12.

Rio de Janeiro - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta segunda-feira que vincular a reoneração da folha de pagamentos a recursos para a área de segurança pública pode facilitar a votação do projeto.

Em rápida entrevista coletiva, Maia ressaltou que o texto original proposto pelo governo não tem os votos necessários para ser aprovado. Segundo ele, a Câmara deve aprovar uma economia de cerca de 6 bilhões de reais, e não os 10 bilhões de reais esperados pelo governo.

"A reoneração tem dificuldades porque mexe em alguns setores que têm boa representação na Câmara, mas com a vinculação do dinheiro para segurança fica mais fácil", disse Maia a jornalistas, após participar de evento no Rio de Janeiro.

Segundo ele, a equipe econômica sabe que o texto original não passa na Câmara.

"Tem que ser aquele texto que a gente já esta negociando", disse. "Acho que vamos conseguir aprovar uns 6 bilhões (de reais) e desses 6 pelo menos 1,5 bilhão (de reais) tem que vir para o Rio de Janeiro", defendeu.

Mais cedo, deputados federais de uma comissão externa da Câmara criada para acompanhar a intervenção federal na área de segurança pública no Rio revelaram, após um encontro com o interventor, general Walter Braga Netto, que o déficit na segurança do Rio de Janeiro superava 3,1 bilhões de reais.

Maia concorda com os cálculos, mas acha pouco viável conseguir toda a verba.

"Acho que precisa de 3 bilhões ao longo de 12 meses. Está tudo atrasado, no interior do Rio a manutenção de viaturas está sendo feita pelas prefeituras", disse.

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