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Testemunha de Odebrecht, Dilma vai depor na Lava Jato

Dilma optou pelo depoimento escrito em petição anexada aos autos e assinada de próprio punho


	Dilma Rousseff: presidente afastada optou pelo depoimento escrito em petição anexada aos autos e assinada de próprio punho
 (Ueslei Marcelino / Reuters)

Dilma Rousseff: presidente afastada optou pelo depoimento escrito em petição anexada aos autos e assinada de próprio punho (Ueslei Marcelino / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2016 às 21h29.

Por Julia Affonso, Ricardo Brandt e Fausto Macedo

São Paulo - A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) vai depor por escrito como testemunha do ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht em ação penal na Operação Lava Jato.

O juiz federal Sérgio Moro havia questionado a petista se ela preferia ser ouvida em audiência ou que lhe fossem encaminhadas perguntas a serem respondidas por escrito. Dilma optou pelo depoimento escrito em petição anexada aos autos e assinada de próprio punho.

"Por ocasião da consulta formulada por Vossa Excelência no expediente em epígrafe, informo que exercerei previsão disposta no artigo 221, parágrafo primeiro, do Código de Processo Penal. Assim, fico à disposição para prestação do depoimento, por escrito, acerca dos questionamentos deferidos por Vossa Excelência", respondeu Dilma em petição endereçada a Moro.

Após a resposta da presidente afastada, o juiz da Lava Jato determinou aos advogados do empreiteiro: "Intime-se a defesa de Marcelo Odebrecht para que apresente por escrito os questionamentos a serem dirigidos à Exma. Sra. Presidente no prazo de cinco dias. Concomitantemente, intimem-se as demais defesas, Ministério Público Federal e assistente de acusação de que terão o prazo de cinco dias, independentemente de nova intimação, para formular, querendo, quesitos, após o término do prazo da defesa de Marcelo Odebrecht", decidiu Moro.

Os advogados de Odebrecht arrolaram Dilma nos autos da Operação Xepa, 26ª etapa da Lava Jato. Marcelo Bahia Odebrecht está preso desde 19 de junho de 2015.

O empreiteiro já foi condenado a 19 anos e quatro meses de prisão por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa no esquema de propinas montado na Petrobras.

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