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Tesouro não descarta atuação do FSB no câmbio

Secretário do Tesouro conformou que o Brasil pode usar o Fundo Soberano para comprar dólares

O secretário do Tesouro Nacional mostrou preocupação com a valorização do real (Beatriz Albuquerque /Cláudia)

O secretário do Tesouro Nacional mostrou preocupação com a valorização do real (Beatriz Albuquerque /Cláudia)

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Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2011 às 12h30.

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, informou hoje que o Fundo Soberano do Brasil (FSB) ainda não atuou no mercado de câmbio, comprando dólares. Mas, segundo ele, essa continua sendo uma possibilidade, como instrumento de auxílio para a política cambial. "Esse é um caminho possível", disse.

Augustin disse ainda que o aumento do prazo de compra antecipada de moeda estrangeira por parte do Tesouro Nacional é uma forma de reduzir a oscilação cambial. Em outubro do ano passado, o Conselho Monetário Nacional (CMN) publicou resolução ampliando prazo para a compra antecipada de moeda estrangeira por parte do Tesouro, de 750 dias para 1,5 mil dias. “Já temos a autorização do CMN e essa é uma política para auxiliar o esforço do governo para que o câmbio tenha menor volatilidade”, disse.

Títulos em reais

A inclusão de títulos denominados em reais (BRL) no programa de resgate antecipado é uma forma de dar mais liquidez a esses papéis e auxiliar a política de câmbio do governo, acrescentou Augustin. Ele evitou, no entanto, sinalizar se dará preferência a esse tipo de emissão nos próximos meses. A última captação feita pelo Tesouro foi em reais, com vencimento em 2028.

"Continuaremos com a política de emissão em reais ou dólares, de acordo com o que seja adequado para cada momento", explicou. O secretário enfatizou, porém, que o Tesouro olhará com atenção para a curva em reais, pois é importante mantê-la como boa liquidez em função da política de câmbio. "Nossa estratégia de eventualmente trabalhar com reais é dar alternativa para o investidor", afirmou.

"Nós, o BC, todos sabem: temos preocupação com níveis de volatilidade e de valorização do real", acrescentou. Segundo ele como os fundamentos da economia do País estão bons, os investimentos estrangeiros são atraídos. "Temos IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) expressivo e o volume de estrangeiros que participa na dívida continua crescente", observou.

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