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Tesoureiro de Mercadante nega caixa 2

Tesoureiro Eduardo Tadeu Pereira também alegou não conhecer pessoalmente o presidente da UTC, Ricardo Pessoa


	A campanha de Aloizio Mercadante, segundo documento, teria recebido R$ 250 mil
 (Ricardo Moraes)

A campanha de Aloizio Mercadante, segundo documento, teria recebido R$ 250 mil (Ricardo Moraes)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2015 às 19h28.

São Paulo - O tesoureiro da campanha do atual ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, ao governo paulista em 2010, Eduardo Tadeu Pereira (PT), disse nesta sexta-feira, 26, não conhecer pessoalmente o presidente da UTC, Ricardo Pessoa.

"Não o conheço, nunca conversei com ele, não tenho como saber por que ele teria citado a campanha de Mercadante como alvo de caixa 2", disse.

Pereira disse que a empreiteira foi uma das doadoras da campanha, mas negou que tenha havido qualquer repasse irregular para a tesouraria que comandava.

"Houve doação da UTC, o valor não me lembro, mas isso está na prestação de contas", afirmou ao reiterar que as contas da campanha foram aprovadas pela Justiça eleitoral.

O ex-tesoureiro disse ainda que não procurou ninguém da UTC para pedir doação para a campanha de Mercadante, apenas registrou o dinheiro recebido.

O petista, hoje presidente da Associação Brasileira de Municípios (ABM), disse ter sido cuidadoso com todas as doações recebidas, verificado se as empresas estavam doando valores dentro dos limites permitidos em lei e fazendo os registros exigidos.

"Meu papel era garantir a legalidade da doação por um lado e por outro fazer os pagamentos de prestadores de serviços, fornecedores. O PT em 2010 já não era um partido novo. Eu sabia que o cargo de tesoureiro era um cargo em que tinha que me preocupar muito com a legalidade das transações, com a transparência, com a emissão de recibos."

Pereira não soube responder se o atual ministro da Casa Civil do governo Dilma conhece ou conversou pessoalmente em 2010 com Pessoa.

Em delação premiada a investigadores da operação Lava Jato, Pessoa teria entregado uma planilha à Procuradoria-Geral da República (PGR) com repasses de propina e caixa 2 que a UTC teria feito a campanhas e políticos.

A campanha de Mercadante, segundo tal documento, teria recebido R$ 250 mil.

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