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"Terrorismo" do PT existe desde a época de Marina, diz Aécio

Candidato do PSDB à Presidência disse que Marina não devia se incomodar tanto com o terrorismo do PT, uma vez que ela também foi do partido

Candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, durante um ato político em Goiânia (GO) (Orlando Brito/Coligação Muda Brasil/Divulgação)

Candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, durante um ato político em Goiânia (GO) (Orlando Brito/Coligação Muda Brasil/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2014 às 17h03.

O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, disse nesta terça-feira que a presidenciável Marina Silva (PSB) não deveria se incomodar tanto com "terrorismo do PT", uma vez que ele existe desde os tempos em que ela era petista.

"Vejo hoje ela (Marina) reclamando muito do terrorismo que o PT vem fazendo, dizendo que ela vai acabar com o Bolsa Família, porque vai acabar com os benefícios se vencer as eleições", disse o tucano a jornalistas em Goiânia.

"Eu quero dizer que esse terrorismo do PT existe desde sempre, desde que ela (Marina) era parte do PT, parte importante do PT, desde que ela era ministra de Estado, nós sofríamos com esse terrorismo do PT, com essa leviandade em véspera de eleição", acrescentou.

O PT, de Dilma Rousseff, que busca a reeleição, e o PSDB são adversários históricos, mas Aécio, terceiro colocado nas pesquisas, também tem voltado seus ataques a Marina, que lidera com a presidente as intenções de voto para o primeiro turno.

"(Marina) certamente conhece muito bem como o PT age, até porque por mais de 20 anos esteve ali."

O tucano aproveitou para repetir a estratégia de buscar colar em Marina a imagem de ser uma espécie de segunda candidata do PT, para se contrapor como única candidatura que oferece ao país uma "mudança consistente".

"Hoje, o que percebo de forma cada vez mais clara são semelhanças em relação às duas candidaturas que se colocam também nessa eleição, até porque conviveram durante muito tempo no próprio PT", disse, criticando a posição do partido à época do lançamento do Plano Real, da discussão da Lei de Responsabilidade Fiscal e ainda em relação ao mensalão.

O tucano também voltou a criticar Dilma, classificando de "gesto de irresponsabilidade" suas recentes declarações sobre constituir uma "equipe nova" na área econômica em um eventual segundo mandato.

Ministro da Fazenda, comandante da política econômica, você, como presidente da República, ou nomeia ou demite. Você não anuncia que vai demitir", afirmou.

"Ela anunciou previamente e desautorizou o ministro da Fazenda e, por consequência, toda a equipe econômica de qualquer ação consistente. Isso afeta o mercado."

Os comentários do candidato do PSDB se referem a declarações de Dilma que, perguntada sobre Guido Mantega na semana passada, disse que governo novo implica em equipe nova.

Na segunda-feira, em sabatina ao site do jornal O Estado de S. Paulo, Dilma disse que Mantega já tinha dito a ela que, por razões pessoais, não seguiria no cargo caso ela seja reeleita.

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