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Término de bloqueio dos caminhoneiros deve ser gradual

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) está otimista quanto à liberação


	Polícia Federal fala com caminhoneiros durante protesto na BR-116, em Curitiba
 (REUTERS/Rododlfo Burher)

Polícia Federal fala com caminhoneiros durante protesto na BR-116, em Curitiba (REUTERS/Rododlfo Burher)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2015 às 15h12.

São Paulo - O presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, está otimista quanto à liberação gradual do fluxo de veículos que não aderiram ao movimento de paralisação.

Ele participou nesta quarta-feira, 25, em Brasília, da negociação entre governo e representações dos caminhoneiros, que bloqueiam estradas desde a semana passada.

Turra alertou que, mesmo quando os bloqueios terminarem, ainda levará semanas até que tudo seja restabelecido. "O ciclo de produção de aves, que é o mais rápido, demora 45 dias. Não há dúvidas que faltará alimentos nas prateleiras", considerou, em comunicado.

Ele acrescentou que a expectativa é que os caminhoneiros aceitem a proposta do governo para, posteriormente, negociarem outros pontos.

"Falta centralização nas negociações, mas cremos que, conforme ocorra o aceite das propostas por cada sindicato, gradualmente os bloqueios se encerrarão. Contudo, não poderá o governo, com isto, retirar nenhum item da pauta de negociação com os caminhoneiros", informou.

A avicultura e a suinocultura contabilizam fortes prejuízos com a greve. Mais de 60 plantas frigoríficas apresentam redução da produção ou paralisação total.

Pequenas e grandes empresas foram prejudicadas. Contratos de exportação começam a ser postergados.

"Trabalhamos durante décadas para a construção da imagem da cadeia produtiva como sustentável, pautado pela qualidade, sanidade e preservação do bem-estar animal. Agora, circulam imagens que prejudicam gravemente este trabalho, em uma situação que não foi gerada pelo setor", lamentou.

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