Com greve da PM na Bahia, tropas do exército fazem patrulha em ruas de Salvador: o movimento foi marcado por saques (Alberto Coutinho/GovBa)
Da Redação
Publicado em 17 de abril de 2014 às 14h52.
A greve dos policiais militares na Bahia que deixou a população insegura terminou por volta das 14h20 desta quinta-feira (17). A assembleia dos PMs foi encerrada após a decisão dos grevistas de encerrar o movimento, marcado por saques, violência e vandalismo no comércio local.
A paralisação já havia sido considerada ilegal pela Justiça baiana e hoje (17) recebeu ultimato da Justiça Federal. Liminar do Tribunal Regional Federal da 1ª Região em Brasília determina o retorno imediato de PMs e bombeiros ao trabalho. Do contrário, as associações que representam as categorias terão que pagar multa superior a R$ 1 milhão por dia.
Por causa da greve, aulas foram interrompidas, shows e festas, cancelados. Muitos baianos preferiram ficar em casa a ir para a rua. Mais de 20 pessoas foram assassinadas só durante a madrugada.
Lá fora, as cenas de vandalismo, com estabelecimentos e lojas saqueados, depredados e incendiados.
A sensação de insegurança continuava nesta manhã apesar da presença do Exército. A presidente Dilma Rousseff disse hoje (17) pelo Twitter que as tropas federais deverão devolver a sensação de segurança aos baianos.
Ontem (16), o governador Jaques Wagner (PT-BA) assegurou que, sem o efetivo de PMs em greve, haveria o reforço de 8.500 militares das Forças Armadas.
Jaques Wagner tachou a greve de "política" e atribuiu o movimento a interesses eleitorais. O "vereador soldado" Marco Prisco (PSDB-BA) é a principal liderança da greve.
A Justiça Federal até mandou bloquear os bens do político tucano. Nas redes, jornais e cidadãos debatiam a força de Prisco em conseguir colocar uma greve de pé e impactar Salvador.