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Teremos tolerância zero com a inflação, afirma Armínio

Ex-presidente do Banco Central participou de um bate-bato com internautas para divulgar as propostas econômicas de Aécio


	Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central
 (Oscar Cabral/Veja)

Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central (Oscar Cabral/Veja)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2014 às 20h40.

São Paulo - No bate-papo virtual com internautas para divulgar as propostas econômicas do candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, o ex-presidente do BC Armínio Fraga foi indagado nesta sexta-feira sobre a alta da inflação.

Na resposta, ele disse que num eventual governo tucano a tolerância será zero. "Tolerância zero com a inflação! Como? Com BC focado na meta e responsabilidade fiscal."

No Face to Face, realizado na página oficial de Aécio Neves no Facebook, o economista fez uma defesa da autonomia do Banco Central.

"O BC tem que ser o guardião da moeda, ou seja, controlar a inflação. A autonomia isola o BC de pressões indevidas. Não se trata de autonomia para fazer o que quiser, mas sim para cumprir seu mandato e com a obrigação de prestar contas. Quem mais ganha com a inflação baixa são os mais pobres. Inflação alta nunca fez bem ao Brasil."

Indagado sobre a forma como pretende tratar a questão da dívida brasileira que está atrelada à taxa de juros, disse que a ideia é diminuir o porcentual de dívida atrelada à taxa de juros de curto prazo.

Uma internauta perguntou sobre o preço dos combustíveis praticado pelo governo petista.

Na resposta, o ex-BC disse que a atual gestão (da presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff) tenta conter a inflação segurando o preço dos derivados do petróleo, com prejuízo à Petrobras e seus acionistas, "na maioria o povo brasileiro."

Fraga disse que é preciso aumentar "e muito" o investimento no Brasil, especialmente na infraestrutura. "Para que isso ocorra, será necessário regras claras, uma boa coordenação das várias áreas de governo e a disposição de atrair capital privado."

Indagado sobre o custo Brasil, disse: "A guerra ao custo Brasil é uma das nossas principais bandeiras, é guerra de guerrilha. São centenas de itens que atrapalham os negócios no Brasil. Alguns grandes são: custo do capital, sistema tributário e a infraestrutura. O excesso de burocracia também precisa ser resolvido."

Moeda

Fraga também falou que se Aécio for eleito, será possível estabilidade da moeda já no ano que vem. Indagado sobre o que pretende fazer com a Petrobras, a resposta foi curta, porém, direta: "Vamos acertar a governança, desaparelhar e despolitizar.

" Com relação à recuperação do setor industrial, o responsável pela área econômica do programa de governo de Aécio disse: "A indústria passa momentos difíceis, vamos implantar a reforma tributária, melhorar a infraestrutura e construir as bases para o Brasil ter juros mais baixos."

Fraga divulga na web os principais pontos do programa econômico do candidato do PSDB.

Já foram divulgadas propostas das seguintes áreas: governança (Estado competitivo), saúde, educação, habitação, segurança, meio ambiente e políticas sociais, sempre pelo Facebook, em bate-papo virtual com os internautas.

Em menos de meia hora do início do Face to Face de Armínio Fraga, cerca de três mil pessoas haviam curtido o evento. Um dos internautas elogiou o modelo de divulgação das propostas do tucano e o economista retrucou: " Vamos fazer um governo aberto para todos! Vamos mudar o Brasil."

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