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'Teremos segundo turno', prevê Roberto Freire

A candidatura à vice-presidência na chapa deve caber ao PSB, defendeu o presidente nacional do PPS


	O presidente nacional do PPS, Roberto Freire
 (Renato Araújo/ABr)

O presidente nacional do PPS, Roberto Freire (Renato Araújo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2014 às 17h47.

Recife - O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, afirmou em entrevista ocorrida nesta tarde, no Recife, que a mudança de cenário com a morte do ex-candidato Eduardo Campos PSB) aponta duas certezas: Marina Silva será a candidata à presidência da República e haverá segundo turno na eleição presidencial.

"Esta é a mudança e traz preocupações para quem imaginava que estava tudo consolidado, inclusive os dois candidatos, seja Dilma (Rousseff) ou Aécio (Neves)", afirmou depois de visitar a viúva de Campos, Renata, na sua residência, no bairro de Dois Irmãos.

Ele adiantou que o PPS nada vai reivindicar com a mudança. "O PPS luta pela unidade das oposições e a derrota do lulopetismo", resumiu.

A candidatura à vice-presidência na chapa deve caber ao PSB, defendeu ele. "Até porque não adianta fugir de um dado de realidade: Marina está no PSB por um grande acordo feito, no qual Eduardo mostrou sua dimensão", lembrou. "Ela estava não como socialista do PSB, mas como representante da Rede Sustentabilidade".

Freire observou que quando integrava o velho partido Comunista do Brasil (PCB), seus militantes eram candidatos por outros partidos porque a sigla estava na clandestinidade. "Não podíamos agora, em uma clandestinidade que Marina foi colocada pelo governo Lula, deixá-la numa Democracia sem ter legenda para se candidatar. Foi o que o PSB fez".

Quanto às divergências entre Rede e PSB, ele afirmou que elas existiram até a concretização do programa. "Concretizado, Eduardo era o responsável por dar seguimento ao que foi acordado", disse ao observar que Marina poderia ficar em posição de não participar de algum ato que ela não estivesse concordando, porque Eduardo fazia a política. "Agora ela vai ser chamada para fazer política, não como uma coadjuvante, ela agora é protagonista, vai ter de fazer o que Eduardo fazia".

Freire complementou que a situação agora será diferente, pois ela é outra pessoa, com outras características, mas o projeto terá continuidade. "Não tenho dúvida que ela tem competência e sensibilidade para exercer esse papel, como representante dos acordos políticos firmados com Eduardo".

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