Ato em memória dos estudantes assassinados em escola de Suzano: o Ministério Público não acatou o pedido da polícia de apreensão do jovem (Ueslei Marcelino/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de março de 2019 às 14h32.
Última atualização em 15 de março de 2019 às 16h14.
São Paulo — O adolescente de 17 anos apontado pela polícia como suspeito de participação no ataque à Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, foi ouvido pelo Ministério Público na manhã desta sexta-feira (15) e liberado. Ele se apresentou no fórum de Suzano. O Ministério Público não acatou o pedido feito pela polícia.
O jovem foi ouvido pelo promotor Rafael do Val, nomeado pela Procuradoria-geral de Justiça para a investigação e responsável pela Promotoria de Infância e Juventude do município. Pela manhã, policiais civis realizaram diligências na casa do jovem.
Na quinta (14), a Polícia Civil anunciou ter encaminhado à Justiça o pedido de apreensão do jovem suspeito. Até o momento, no entanto, os investigadores não divulgaram quais provas foram coletadas e nem o grau de envolvimento do rapaz no crime.
Por se tratar de um menor de idade, a mãe do adolescente acompanhou a oitiva do Ministério Público. Como o Ministério Público não acatou o pedido da polícia de apreensão do jovem, a Vara de Infância e Juventude de Suzano nem precisou se manifestar sobre o caso.
Segundo a Polícia Civil, a participação do novo suspeito teria ocorrido na fase de preparação. Ele foi ouvido nesta semana pelos investigadores.
O ataque deixou 10 mortos e 11 feridos na quarta-feira, 13. Cinco das vítimas eram estudantes da Raul Brasil e outras duas eram funcionárias da instituição.
O adolescente de 17 anos também é ex-aluno da escola e estudou com um dos dois atiradores que morreram.
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