Teori Zavascki: post antigo do filho do ministro voltou a circular nas redes (Nelson Jr/STF/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 20 de janeiro de 2017 às 09h59.
Última atualização em 20 de janeiro de 2017 às 11h36.
São Paulo - Um dos mais antigos integrantes da força-tarefa da Polícia Federal na Lava Jato em Curitiba, o delegado Márcio Anselmo chegou nesta quinta-feira, 19, a publicar uma mensagem nas redes sociais na qual levantou suspeitas sobre o acidente que matou o ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki.
"Agora, na véspera da homologação da colaboração premiada da Odebrecht, esse 'acidente' deve ser investigado a fundo. Sinceramente, se essa notícia se confirmar, é o prenúncio do fim de uma era!"
Em novembro de 2014, Anselmo já havia causado polêmica nas redes sociais ao chamar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de "anta". "Alguém segura essa anta, por favor", escreveu.
O texto sobre o acidente foi apagado pouco tempo depois, mas alimentou uma corrente de teorias conspiratórias nas redes sociais sobre o episódio.
Internautas também resgataram um post de maio do ano passado publicado no Facebook por Francisco Zavascki, filho de Teori, no qual ele fez um "alerta".
"É óbvio que há movimentos dos mais variados tipos para frear a Lava Jato. Penso que é até infantil imaginar que não há, isto é, que criminosos do pior tipo (conforme Ministério Público Federal afirma) resolveram se submeter à lei. Porém, alerto: se algo acontecer com alguém da minha família, vocês já sabem onde procurar. Fica o recado."
Os seguidores do filho do ministro nas redes sociais escreveram centenas de mensagens "aconselhando" ele a não acreditar que foi um acidente. "Não acredite em acidente, Francisco. Foi crime premeditado", escreveu um deles.
Outro foi além e citou o juiz Sérgio Moro: "Imaginem o que são capazes de fazer com nosso herói Sérgio Moro". Alguns mais exaltados acusaram o PT pelo crime. No Twitter, o músico Lobão deu sua contribuição para a tese ao escrever em letras maiúsculas: "APAGARAM O TEORI!".
Conhecida por suas polêmicas na internet, a advogada Janaína Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, também entrou no debate. "Tem de investigar a queda do avião, sim! Queremos investigação transparente, feita por equipe formada por membros de vários órgãos", tuitou.
O ministro estava de férias desde o início do recesso do Judiciário, em dezembro, mas voltaria a trabalhar esta semana. Teori estava analisando a delação da Odebrecht, composta pelo depoimento de 77 executivos. Ele era o ministro era responsável pela homologação da delação da empreiteira.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.