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Teori não sofria ameaças sérias, diz Paulo Odone

Segundo o ex-deputado estadual gaúcho e amigo do ministro do STF, ele pretendia homologar as delações da Odebrecht em pouco tempo

Ministro Teori Zavascki: "Fizeram protestos em frente ao edifício dele, ameaças de morte para ele e os filhos, mas era bobagem", disse Paulo Odone (Carlos Humberto/SCO/STF)

Ministro Teori Zavascki: "Fizeram protestos em frente ao edifício dele, ameaças de morte para ele e os filhos, mas era bobagem", disse Paulo Odone (Carlos Humberto/SCO/STF)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de janeiro de 2017 às 13h30.

Porto Alegre - O ex-deputado estadual gaúcho Paulo Odone, amigo do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki por mais de 40 anos, disse hoje que ele não sofria ameaças sérias em função da sua atuação na Operação Lava Jato.

"Se teve pressões, foi radicalismo de redes sociais, tanto de direita como de esquerda. Fizeram protestos em frente ao edifício dele, ameaças de morte para ele e os filhos, mas era bobagem, passou rápido. Alguém sempre vai reclamar, se sentir prejudicado, mas ele dizia que não podia pensar nisso, que seu papel no Supremo era aplicar a lei e preservar a Constituição. Ele dizia que tomava suas decisões independentemente do nome que estava no processo e que faria assim até o fim", comentou ao chegar para o velório do amigo, que ocorre na sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre.

Segundo ele, Teori tinha dito que pretendia homologar as delações da Odebrecht em pouco tempo. "Ele dizia que sua função era examinar se as formalidades da delação estavam de acordo com a lei e que ia ficar com isso poucos dias na sua mesa", comentou.

Odone reconheceu que, com a mudança na relatoria, deve haver um atraso nessas homologações, mas pediu celeridade no processo. "É claro que, com a troca de relator, não será a mesma coisa. O Teori tinha intimidade com o caso, se comunicava com a sua equipe mesmo durante as férias. Mesmo assim, é bom que essa homologação seja rápida".

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