Transpetro: "um buraco estava sendo cavado de dentro de um galpão industrial para acessar a linha de duto", informou a estatal (Wikimedia Commons)
Agência Brasil
Publicado em 26 de outubro de 2016 às 17h16.
Última atualização em 26 de outubro de 2016 às 17h22.
Pelo menos 20 casas na região de São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo, tiveram de ser interditadas hoje (26) por causa do vazamento de nafta, um derivado de petróleo, de dutos da Transpetro. Cerca de 60 moradores foram retirados do local.
O produto começou a vazar no início da madrugada após uma tentativa de furto, segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Os criminosos fugiram do local.
"Um buraco estava sendo cavado de dentro de um galpão industrial para acessar a linha de duto. Algo deu errado e os culpados abandonaram o local", informou a estatal por meio de nota.
Houve infiltração do produto no solo sob as moradias, mas a empresa já fez o reparo para estancar o vazamento. No entanto, há risco de contaminação do lençol freático.
Funcionários da Transpetro e equipes de Emergências Químicas da Cetesb estão no local fazendo a remoção do produto. "Há pontos do duto danificados com vazamento do produto e risco de explosão", diz a nota.
Até o início da tarde, cerca de 136 mil litros de nafta haviam sido recuperados e levados para o terminal da Transpetro em Guarulhos e, posteriormente, deverá ser encaminhado para Guararema.
Risco
Derivada do petróleo, a nafta serve como matéria prima para a fabricação de solventes. Conforme explicou a Cetesb, o manuseio do produto é perigoso por causa do risco de liberação de vapores inflamáveis.
"Quando inalados, esses vapores podem atuar como depressores do sistema nervoso, podendo causar irritação das vias respiratórias, náuseas, dor de cabeça, tontura e vertigem, entre outros sintomas."