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Tentativa de fuga em presídio de Goiânia acirra crise

Cinco presos fizeram um buraco na parede que dá acesso a uma das áreas externas da unidade, mas apenas três conseguiram fugir do local

Prisão: é o quinto incidente registrado só neste ano em Goiás (txking/Thinkstock)

Prisão: é o quinto incidente registrado só neste ano em Goiás (txking/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de janeiro de 2018 às 17h39.

Goiânia - Cinco presos do regime semiaberto tentaram escapar da Casa do Albergado, em Goiânia (GO), na noite desta quarta-feira, 10. Eles fizeram um buraco na parede que dá acesso a uma das áreas externas da unidade, mas apenas três conseguiram fugir do local, os demais foram contidos no ato pelos agentes.

Por meio de nota oficial, a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) confirmou o fato e informou que os fugitivos eram do grupo de 'bloqueados' pelo Poder Judiciário e aguardavam audiência.

Ainda segundo a nota, "será aberto procedimento administrativo para apurar as circunstâncias da ocorrência". Este é o quinto incidente registrado só neste ano em Goiás, acirrando a crise no sistema carcerário estadual.

Foram duas rebeliões na Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto - na primeira, 9 presos foram mortos - e uma na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães (POG), do regime fechado. Em Luziânia, no entorno do Distrito Federal, 11 presos conseguiram sair da cadeia local após fazer uma abertura na grade. Na última segunda-feira, 8, também ocorreu a fuga de 14 adolescentes do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Goiânia, dos quais três foram novamente apreendidos.

O governo do Estado se propôs a adotar uma série de providência, em conjunto com o Poder Judiciário, na tentativa de conter o problema. Além das que foram anunciadas na ocasião da visita da presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Carmem Lúcia, mais recentemente o diretor-geral de Administração Penitenciária (DGAP), coronel Edson Costa, informou que o Estado cogita a terceirização de alguns serviços do sistema prisional.

A Polícia Civil também trabalha no inquérito que apura as responsabilidades acerca das rebeliões ocorridas no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. A previsão é de que seja concluído em um mês. Esta semana foi montada uma força-tarefa dar agilidade na confecção do material que está sendo produzido nas investigações.

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