Brasil

Tendo PM como vice, Skaf critica influência política na polícia

Na terça-feira, 24, Skaf anunciou como vice-governadora em sua chapa a tenente coronel da Polícia Militar Carla Danielle Basson

Paulo Skaf: pré-candidato do MDB ao governo de São Paulo condenou nesta quinta-feira, 26, a influência política nas polícias (Ayrton Vignola/Skaf 15/Divulgação)

Paulo Skaf: pré-candidato do MDB ao governo de São Paulo condenou nesta quinta-feira, 26, a influência política nas polícias (Ayrton Vignola/Skaf 15/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de julho de 2018 às 11h25.

Última atualização em 24 de agosto de 2018 às 15h01.

São Paulo - O pré-candidato do MDB ao governo de São Paulo Paulo Skaf condenou nesta quinta-feira, 26, a influência política nas polícias, afirmou que a segurança pública será uma de suas bandeiras na campanha e não poupou críticas ao ex-prefeito de São Paulo João Doria (PSDB), seu concorrente direto nas eleições 2018.

Em entrevista à Rádio Eldorado, Skaf afirmou que há "partidos políticos mandando na polícia" e que a infraestrutura das corporações precisa melhorar. Segundo ele, essa será uma das prioridades de seu governo, caso eleito.

Na terça-feira, 24, Skaf anunciou como vice-governadora em sua chapa a tenente coronel da Polícia Militar Carla Danielle Basson. Segundo ele, a escolha se deu porque Carla vem de uma família que "respira segurança pública" e porque queria que a chapa tivesse diversidade.

Na entrevista, o presidente licenciado da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) concentrou os ataques ao ex-prefeito paulistano, de quem tentou se diferenciar. "Ele se coloca como não político, mas foi eleito prefeito, viajou a maior parte do tempo, abandonou (a Prefeitura) e ainda não mostrou a que veio", disse.

Skaf afirmou ainda que entrou na política sem "padrinhos". "A diferença entre o Doria e o meu caso é que fui construindo (minha candidatura) em uma base sólida, sem padrinhos. Inclusive, ele não tratou muito bem seu padrinho", ironizou, em referência ao presidenciável Geraldo Alckmin.

Sobre a possibilidade de ser candidato ao Senado Federal e abrir mão da disputa ao governo paulista, Skaf afastou a ideia. "Não existe isso. O que o Doria fala é lenda, assim como ele falou que ia cumprir o mandato e renunciou um ano depois. Ele queria ser presidente, não deu, agora é candidato a governador", criticou Skaf, dizendo que nenhuma sigla terá influência em sua candidatura.

Questionado sobre uma eventual conivência do MDB com quadros da sigla condenados pela Justiça como Eduardo Cunha e Sérgio Cabral, Skaf afirmou que cada um tem sua história partidária. "Esses nomes que estão condenados devem ser expulsos? Acho que devem, mas a decisão é minha", disse.

A entrevista com Skaf faz parte de uma série de conversas com os candidatos ao governo de São Paulo mais bem colocados nas pesquisas de intenções de voto. Além de Skaf, a Rádio Eldorado ouvirá Márcio França (PSB) e Luiz Marinho (PT). João Doria afirmou por meio de sua assessoria que não vai participar. Na segunda-feira, 23, a conversa foi com a professora Lisete Arelaro, do PSOL.

Acompanhe tudo sobre:Eleições 2018GovernadoresJoão Doria JúniorPaulo Skafsao-paulo

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas