Aldo Rebelo: segundo o ministro, o Governo poderá intervir caso seja apresentado algum atraso burocrático para facilitar a liberação de recursos aprovados pelo BNDES (Yasuyoshi Chiba/AFP)
Da Redação
Publicado em 19 de fevereiro de 2014 às 15h09.
Florianópolis - O ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, disse nesta quarta-feira que acredita que a Arena da Baixada, em Curitiba, estará pronta até a Copa, estádio que foi confirmado ontem pela Fifa como uma das sedes, mesmo com o atraso das obras.
"Temos que confiar desconfiando", afirmou Rebelo na primeira manifestação do Governo sobre a decisão da Fifa de manter Curitiba como uma das sedes do Mundial, após um ultimato dado em janeiro pelo atraso nas obras do estádio do Atlético-PR.
Segundo Rebelo, que participa na cidade de Florianópolis de um seminário sobre logística com a maioria dos 32 técnicos das seleções que disputarão o Mundial, o Brasil "tem que trabalhar duro para que o estádio esteja pronto no tempo previsto".
"Acho que tudo o que está sendo feito vai resolver", ressaltou.
O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, durante o anúncio de confirmação de Curitiba, indicou que o estádio será entregue em 15 de maio, exatamente um mês depois da Arena Corinthians, de São Paulo e sede da partida de abertura, que era o mais atrasado de todos.
Em abril, ainda em obras, o estádio será palco de um partida "de exibição", de acordo com Valcke.
Segundo Rebelo, o Governo poderá intervir caso seja apresentado algum atraso burocrático para facilitar a liberação de recursos aprovados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social do Brasil (BNDES), a principal instituição de fomento do país.
O Atlético-PR, a Prefeitura de Curitiba e o Governo regional do Paraná alegaram que os atrasos das obras ocorreram por conta da demora para a liberação de recursos.
Em Curitiba, estão previstas quatro partidas da primeira fase da Copa: Espanha-Austrália (grupo B), Irã-Nigéria (F), Argélia-Rússia (H) e Honduras-Equador (E).
Rebelo se referiu também à onda de protestos que ocorrem no Brasil desde junho.
"Não haverá espaço para as manifestações violentas durante o Mundial. O clima será outro. Os protestos pacíficos nós temos que respeitar. A única manifestação que espero ter é a manifestação de afeto e acolhimento das seleções", ressaltou.