Garcia: No evento, Rodrigo Garcia disse que, nas suas mãos o Estado não vai se "desarrumar". Se reeleito, ele disse que irá sentar com que for escolhido à Presidência da República (Governo/Flickr)
Estadão Conteúdo
Publicado em 8 de agosto de 2022 às 15h27.
Última atualização em 8 de agosto de 2022 às 16h34.
O governador de São Paulo e candidato à reeleição, Rodrigo Garcia (PSDB), disse a empresários que uma eventual estatização do Porto de Santos precisa ser avaliada com pragmatismo. "Temos que olhar com pragmatismo, avaliar as vantagens e desvantagens. Sabemos da importância logística do porto", afirmou Garcia, em conversa com representantes da indústria do trigo e derivados de São Paulo, nesta segunda-feira (8).
Garcia afirmou também que não tem tido diálogo com o governo federal em relação ao plano de privatização de portos, que inclui também o complexo portuário de Santos.
A gestão estadual do porto foi demanda levantada por empresários na reunião. "É uma questão política transferir a gestão para São Paulo", pediu um dos representantes da indústrias moageira. O pedido vem após o setor ter enfrentado gargalos neste ano com a retenção de cargas importadas no complexo portuário por longos períodos.
No evento, Rodrigo Garcia disse que, nas suas mãos o Estado não vai se "desarrumar". Se reeleito, ele disse que irá sentar com que for escolhido à Presidência da República. "Sei como administrar e tenho bom grupo de mulheres e homens ao meu lado. Estou aqui para garantir conquistas e dizer que São Paulo não vai andar para atrás", afirmou Garcia
A conversa com representantes da indústria do trigo e derivados de São Paulo ocorreu em encontro promovido pelo Sindicato da Indústria do Trigo de São Paulo (Sindustrigo) e pelo Sindicato da Indústria de Massas Alimentícias e Biscoitos no Estado de São Paulo (Simabesp), na manhã desta segunda.
Garcia destacou a participação do economista Felipe Salto em seu governo como secretário da Fazenda e Planejamento do Estado, e da economista Zeina Latif, como secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado. "Quando Doria saiu e alguns secretários saíram junto, me esforcei para buscar nomes", disse, acrescentando que Zeina está à frente de seu plano de governo.
O governador de São Paulo e candidato à reeleição disse que "sentiu falta" de propostas no primeiro debate com os demais candidatos ao governo, realizado na noite deste domingo, 7, pela Band. "Os candidatos estão muito preocupados em nacionalizar a campanha. Meus principais adversários só querem falar de Brasília e Brasil. Espero que tenhamos oportunidade de discutir propostas para São Paulo", disse a jornalistas após o encontro.
Questionado sobre qual tema norteará as eleições estaduais, Garcia citou emprego, segurança pública e educação. O governador disse também que a população começará a prestar atenção na eleição estadual após 7 de setembro. "Enquanto 90% sabem que tem eleição para presidente, apenas metade sabe que tem eleição para o governo do Estado. O debate é importante que chama atenção que terá eleição para governador", afirmou Garcia.