Jaques Wagner: ele adiantou, sem dar detalhes, que o governo trabalha com até quatro cenários de adoção da idade mínima (Denis Ribeiro)
Da Redação
Publicado em 22 de dezembro de 2015 às 13h11.
Brasília - O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, informou nesta terça-feira, 22, que a presidente Dilma Rousseff vai se reunir com a nova equipe econômica na próxima segunda-feira, 28, para "uniformizar" o discurso e preparar o pacote de medidas que ela pretende apresentar ao Congresso na volta do recesso parlamentar.
"Na volta do Natal, no dia 28, a presidente deve ter uma reunião com a equipe (econômica) e com os ministros do Palácio (do Planalto) para uniformizar a fala e preparar um conjunto de medidas que ela vai ter que apresentar ao Congresso no retorno", disse Wagner, em entrevista coletiva no comitê de imprensa do Palácio do Planalto.
Uma das prioridades do governo no próximo ano é enviar ao Legislativo uma proposta de reforma da Previdência.
Ele adiantou, sem dar detalhes, que o governo trabalha com até quatro cenários de adoção da idade mínima.
Segundo ele, essas hipóteses tratam de simulações sobre as regras de transição que podem ser adotadas, mas serão discutidas com os partidos da base aliada no Legislativo a fim de se buscar um consenso.
A respeito da recente troca de ministros na Fazenda e no Planejamento, Wagner avaliou que foi "importante" porque já havia um processo de "muito desgaste".
Ele considera que a economia não é uma ciência exata e que o governo não colheu os frutos da forma como gostaria.
Embora tenha ressalvado que não iria comparar o demissionário Joaquim Levy com seu substituto Nelson Barbosa, ele destacou que o novo ministro da Fazenda não vai cometer "nenhuma loucura" por ser "um cara absolutamente equilibrado".
"Acho que vamos ter uma equipe mais harmônica", avaliou Wagner.
Questionado se faltará um contraponto na gestão da economia, Wagner disse que vai haver, mas será ditado "pela rua".
Ele pediu um voto de confiança a Nelson Barbosa, visto desde sexta-feira pelo mercado com desconfiança.
"Pediria que as pessoas não sentenciassem antes que o cara trabalhasse", disse.
"É claro que tem que ter um pouco de ajuda, de 'quero que dê certo'", completou.