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Temer vê escalada de violência na Síria com "profunda preocupação"

Temer também condenou o uso de armas químicas, considerando-o como "inaceitável"

Temer: já é passada a hora de serem encontradas soluções duradouras, baseadas no direito internacional (Ueslei Marcelino/Reuters)

Temer: já é passada a hora de serem encontradas soluções duradouras, baseadas no direito internacional (Ueslei Marcelino/Reuters)

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EFE

Publicado em 14 de abril de 2018 às 14h36.

Lima, 14 abr (EFE).- Em Lima, no Peru, onde participa da 8ª edição da Cúpula das Américas, o presidente Michel Temer manifestou neste sábado "profunda preocupação" com a situação na Síria, ao falar sobre o bombardeio realizado ontem à noite por Estados Unidos, Reino Unido e França contra alvos militares em represália ao suposto uso de armas químicas contra civis pelo regime de Bashar al Assad.

Temer pediu "soluções duradouras" para este conflito, que segundo ele "se estende há tempos demais".

"Quero manifestar a profunda preocupação do nosso país com a escalada do conflito militar na Síria. Já é, pensamos nós, passada a hora de serem encontradas soluções duradouras, baseadas no direito internacional", declarou o presidente na sessão plenária da cúpula.

Temer também condenou o uso de armas químicas, considerando-o como "inaceitável".

"Essa é uma tese pregada, divulgada no nosso país há muito tempo. Mesmo a utilização de armas nucleares, de energia nuclear, no nosso caso, não é proibida apenas pela ação do governo, mas é um caso de Estado, já que está escrito na Constituição que armas nucleares e experiências nucleares são permitidas apenas para fins pacíficos", ressaltou.

O presidente aproveitou a ocasião para pedir uma saída democrática para a crise política na Venezuela, com o apoio do Grupo de Lima e da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Temer destacou que a democracia "é um dos pilares" da integração dos países americanos e teceu críticas ao governo de Nicolás Maduro por rejeitar ajuda humanitéria brasileira.

"Temos acolhido dezenas de milhares de venezuelanos que buscam no Brasil condições para uma vida digna. O que é mais espantoso, há tempos atrás, nós tentamos mandar remédios e alimentos para a Venezuela, o que foi negado pelo governo venezuelano. Portanto, reitero que já não há mais espaço em nossa região para alternativas à democracia", afirmou.

O presidente sugeriu que "a OEA pode utilizar os instrumentos de proteção dos direitos humanos na Venezuela e encontrar uma saída democrática" para a crise política e humanitária no país.

Temer também disse esperar que, "na próxima cúpula, possamos encontrar uma região mais unida, próspera e democrática".

Outro tema abordado pelo presidente na sessão plenária foi o atentado contra a liberdade de expressão que culminou com o assassinato de dois jornalistas e um motorista equatorianos que haviam sido sequestrados na fronteira com a Colômbia.

"Nesta semana assistimos a um inaceitável fato de violência na nossa região, com o assassinato de jornalistas sequestrados. Condenamos nos mais fortes termos esse atentado contra a liberdade de expressão e expressamos a nossa sentida condolência ao governo do Equador e às famílias", declarou Temer. EFE

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