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Temer vai ao Nordeste para tentar viabilizar sua candidatura

ÀS SETE - Na última pesquisa Datafolha, teve 1% de intenção de voto no cenário em que foi colocado à prova

SILVIO SANTOS E MICHEL TEMER: presidente intensificou agenda popular para passar uma imagem mais informal / Divulgação (Divulgação/Divulgação)

SILVIO SANTOS E MICHEL TEMER: presidente intensificou agenda popular para passar uma imagem mais informal / Divulgação (Divulgação/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2018 às 06h30.

Última atualização em 2 de fevereiro de 2018 às 07h28.

Os números da última pesquisa de intenções de voto feita pelo instituto Datafolha não negam: é preciso esforço para acumular uma rejeição do tamanho que o presidente Michel Temer (MDB) acumulou.

Uma reprovação de 70% – líder, a frente dos ex-presidentes Fernando Collor e Luiz Inácio Lula da Silva – e 6% de aprovação.

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Teve 1% de intenção de voto no cenário em que foi colocado à prova e 87% dos entrevistados dizem que não votariam em um candidato indicado por ele.

Temer chegou a admitir que algumas pessoas “não vão com sua cara”. Pois nesta sexta, em um ato quase de campanha, o presidente vai a Cabrobó, em Pernambuco, inaugurar estação do projeto de integração do Rio São Francisco.

A 9 meses das eleições e a cinco da data final para decidir as candidaturas, no entanto, Temer não desistiu completamente de tentar a eleição.

Mesmo com as promessas feitas antes de assumir, em maio de 2016, de que essa não seria uma alternativa, e que seu governo seria uma ponte até a próxima eleição, a hipótese não está descartada internamente.

A equipe do presidenciável tucano Geraldo Alckmin, por exemplo, vê na insistência em nomear a ministra Cristiane Brasil, do PTB, para a pasta do Trabalho, uma tentativa de manter a sigla dentro do campo de influência do presidente para as eleições. O PTB indica que apoiará o governador de São Paulo nas eleições ao Planalto.

O discurso de Temer já vem causando desconfiança em aliados – como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD) – que também postulam a vaga de defensor do legado do governo.

Para aliados próximos do presidente, no entanto, ninguém melhor do que ele mesmo para defender seu legado.

Ele também intensificou sua presença na mídia, passando a dar mais entrevistas a veículos impressos, rádios e também televisões. Foi ao programa do Ratinho, Amaury Jr. e de Silvio Santos, numa tentativa de parecer menos formal.

As próximas pesquisas definirão a escolha do presidente. Caso venha a melhorar seus números, podendo ter minimamente alguma chance de se reeleger, é provável que Temer deixe as ambições de aliados de lado e assuma, ele mesmo, o papel de candidato governista. Por enquanto, este cenário está a anos luz de distância.

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