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Temer vai à China e Fufuca assume a Câmara

O presidente voa com objetivo de resolver um problema, mas deixa outro nas mãos de quem fica

Fufuca: o inexperiente deputado assume a Câmara num momento de definição de pautas importantíssimas (Gabriela Korossy/Agência Câmara)

Fufuca: o inexperiente deputado assume a Câmara num momento de definição de pautas importantíssimas (Gabriela Korossy/Agência Câmara)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 29 de agosto de 2017 às 06h49.

Última atualização em 29 de agosto de 2017 às 15h52.

O presidente Michel Temer (PMDB) embarca nesta terça-feira para a China, onde fará uma visita de Estado ao presidente chinês, Xi Jiping, e participará da reunião de cúpula dos Brics, onde os dois se encontram com os comandantes de Rússia, África do Sul e Índia. O começo da viagem é em Pequim, mas depois o presidente segue para Xiamen, onde acontece o encontro do Brics. Temer deve retornar ao Brasil somente na quinta-feira da próxima semana, dia 6.

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Com Xi, Temer deve assinar diversos acordos de cooperação em áreas como saúde e tecnologia. Logo depois, o presidente deve tentar trazer investimentos para o país, principalmente no setor de infraestrutura. Para isso, vai encontrar com empresários chineses interessados no Brasil em um evento organizado pela Apex-Brasil. Lá, deve apresentar 57 projetos do Programa de Parceria de Investimentos para os empresários.

O presidente voa com objetivo de resolver um problema, mas deixa outro nas mãos de quem fica. Sem ele aqui, quem assume o país é o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Como Temer convidou o primeiro vice-presidente da casa, Fábio Ramalho (PMDB-MG), para ir à China, quem comandará a Câmara nesta semana é o segundo vice-presidente, André Fufuca (PP-MA), de 28 anos, deputado de primeiro mandato apadrinhado pelo clã Sarney. Fufuca não tem experiência nem estofo para conduzir a casa.

O problema é que a pauta está cheia, como assuntos como a nova TLP do BNDES e, principalmente, a reforma política e eleitoral, para serem votados. A reforma tem alguns temas polêmicos, como o fundo eleitoral e o chamado “distritão”. Como precisam da aprovação de três quintos dos parlamentares, são votações consideradas difíceis e podem ser prejudicadas pela condução de alguém menos experiente, já que a oposição deve tentar obstruir a pauta.

Deputados mais antigos acreditam que, com isso, esses pontos devem ficar para a próxima semana, deixando para as sessões de hoje e amanhã assuntos menos complicados, como a cláusula de barreira e o fim das coligações. Temer vai, mas os problemas ficam.

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