Brasil

Temer será investigado por organização criminosa em inquérito

No despacho da denúncia para a Câmara, Fachin também determinou a extração de cópias das informações da apuração para instruir o inquérito já aberto

Temer: quando denunciou Temer, a PGR já havia pedido a abertura de um novo inquérito contra o presidente para apurar outros crimes (Ueslei Marcelino/Reuters)

Temer: quando denunciou Temer, a PGR já havia pedido a abertura de um novo inquérito contra o presidente para apurar outros crimes (Ueslei Marcelino/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 28 de junho de 2017 às 18h54.

Última atualização em 28 de junho de 2017 às 20h23.

Brasília - O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quarta-feira que o presidente Edson Fachin e o ex-assessor especial dele Rodrigo Rocha Loures vão ser investigados por organização criminosa no inquérito já em curso na corte e aberto em outubro do ano passado para apurar o cometimento desse crime por integrantes do chamado grupo do PMDB da Câmara.

No despacho de 16 páginas que decidiu remeter a denúncia de Temer por corrupção passiva diretamente para Câmara, Fachin também determinou a extração de cópias das informações da apuração para instruir o inquérito já aberto.

Na prática, Temer e Rocha Loures deixarão de ser investigados por organização criminosa no inquérito aberto a partir das delações de executivos da JBS.

Fachin também determinou a extração de cópia integral do inquérito e remessa para a Procuradoria-Geral da República para que ela se manifeste a respeito sobre qual ministro do STF vai conduzir uma eventual investigação contra Temer a respeito da edição de um decreto em maio deste ano que muda regras para a exploração de portos.

Quando denunciou Temer, a PGR já havia pedido a abertura de um novo inquérito contra o presidente para apurar se houve crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva no caso desse decreto.

Fachin pediu uma manifestação da Procuradoria sobre se o caso seria relatado pelo ministro Marco Aurélio Mello, que já conduziu e arquivou por falta de provas em 2011, um inquérito contra Temer referente a negociações com portos.

Se ficar com Marco Aurélio, ele poderá reabrir o inquérito contra Temer. Se com Fachin, decidirá também se abre uma nova investigação criminal contra o presidente.

Na terceira providência adotada, Fachin também determinou a extração de cópia do inquérito para remessa à Justiça Federal de Brasília para decidir se apura se houve cometimento de crimes de corrupção passiva e advocacia administrativa por parte de funcionários do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Petrobras requerido pela PGR.

Acompanhe tudo sobre:Michel TemerCorrupçãoCâmara dos DeputadosGoverno TemerEdson Fachin

Mais de Brasil

Fachin se encontra com Papa Leão XIV no Vaticano antes de assumir presidência do STF

Brasil enfrenta onda de tempestades com risco de tornados nesta semana

Aviação brasileira supera número de passageiros do pré-pandemia em 8,5% e dá força a novos destinos

Dia do Gaúcho: por que 20 de setembro é considerado feriado no Rio Grande do Sul