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Governador de SP diz que abastecimento pode se normalizar em 15 dias

Michel Temer esteve em reunião com o governador do Estado de São Paulo, Márcio França, para discutir a greve dos caminhoneiros

Greve: Michel Temer esteve na segunda-feira, 28, em reunião com o governador do Estado de São Paulo, Márcio França, para discutir a greve dos caminhoneiros (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Greve: Michel Temer esteve na segunda-feira, 28, em reunião com o governador do Estado de São Paulo, Márcio França, para discutir a greve dos caminhoneiros (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de maio de 2018 às 12h58.

São Paulo - O presidente da República, Michel Temer, esteve na segunda-feira, 28, às 23 horas no Palácio dos Bandeirantes em reunião com o governador do Estado de São Paulo, Márcio França (PSB), para discutir a greve dos caminhoneiros. A informação foi repassada pela assessoria do Palácio dos Bandeirantes.

Na manhã desta terça-feira, 29, França se reuniu novamente com lideranças de caminhoneiros, para tentar fechar um acordo que coloque fim à greve em São Paulo.

O governador disse que as cinco refinarias que estavam bloqueadas por caminhoneiros já foram abertas: Guarulhos, Barueri, Sorocaba, Shell e Ipiranga. "Vamos garantir a retomada dos pontos de gasolina. Isso significa que daqui a pouco os postos vão estar abastecidos", afirmou.

O governo acredita que, em caso de desmobilização da paralisação, os serviços mais importantes poderão voltar ao normal em até cinco dias, e tudo poderá ser normalizado em até 15 dias.

França disse ter sentido sinceridade dos representantes com quem se reuniu acompanhado de secretários de Estado e eles "nem gostam de política", lamentando que tenham sido misturadas outras reivindicações na pauta atual.

No sábado, 26, o governador Márcio França anunciou a suspensão da cobrança de tarifa do eixo suspenso em todas as praças de pedágio paulistas, a partir da zero hora da próxima quinta-feira, 31, conforme novo acordo.

No domingo, o governo federal cedeu ainda mais às reivindicações dos motoristas e aumentou o subsídio ao preço do diesel, em uma conta que alcança R$ 13,5 bilhões aos cofres públicos. Esse valor é mais que o dobro do custo anunciado na semana passada, quando o governo fez um acordo que não foi respeitado pelos caminhoneiros, que continuaram parados nas estradas.

Em pronunciamento na TV, o presidente Michel Temer anunciou a redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel por 60 dias - valor próximo do pedido que citava valores entre R$ 0,40 e R$ 0,60. De acordo com o presidente, a partir daí, o diesel terá apenas reajustes mensais, decisão que visa a dar "previsibilidade" aos motoristas.

"Essa redução corresponde aos valores do PIS/Cofins e da Cide somados. Para somar esses R$ 0,46, o governo está assumindo sacrifícios no Orçamento", disse o presidente Temer em pronunciamento no Palácio do Planalto na noite do domingo, 27.

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