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Temer repudia violência em manifestação contra a PEC do Teto

Temer criticou o que classificou de "vandalismo, destruição e violência" e disse que a intolerância não pode ser instrumento para pressionar parlamentares

Temer: "o governo sempre esteve aberto ao diálogo e defende o direito às reivindicações", diz presidente (./Getty Images)

Temer: "o governo sempre esteve aberto ao diálogo e defende o direito às reivindicações", diz presidente (./Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 29 de novembro de 2016 às 20h39.

O porta-voz da Presidência da República, Alexandre Parola, disse que o presidente Michel Temer repudia os atos de violência ocorridos durante as manifestações de hoje (29) na Esplanada dos Ministérios contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, em Brasília.

Temer criticou o que classificou de "vandalismo, destruição e violência" e disse que a intolerância não pode ser instrumento para pressionar os parlamentares.

"O governo sempre esteve aberto ao diálogo e defende o direito às reivindicações, mas jamais transigirá com atos de destruição do patrimônio público e privado", disse Temer, de acordo com o porta-voz.

Parola mencionou episódios de violência contra veículos de comunicação durante o protesto e disse que a liberdade de imprensa é um "valor central" da democracia.

Confronto

Em protesto contra a proposta que estabelece um teto para os gastos públicos para os próximos 20 anos, entre 10 mil e 15 mil pessoas se reuniram em frente ao Museu Nacional e marcharam em direção ao Congresso Nacional na tarde desta terça-feira.

No fim da tarde, o conflito se intensificou quando um grupo de manifestantes virou um carro de uma emissora de televisão estacionado próximo à rampa do Congresso Nacional. A polícia reagiu disparando bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo.

Houve confronto e os policiais dispersaram parte dos manifestantes, que saíram correndo no gramado em frente ao Congresso. Um grupo de deputados da Comissão de Direitos Humanos da Câmara foi ao local para tentar intermediar a negociação, mas não obteve sucesso.

Um forte aparato policial conseguiu afastar a maioria dos manifestantes, que seguiram em direção à Catedral Metropolitana de Brasília. Pelo menos dois carros foram queimados pelos manifestantes em um estacionamento próximo à igreja.

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