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Temer quer candidato que defenda "grande legado", diz Padilha

Se for confirmada a inelegibilidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro acredita que candidatos da esquerda serão beneficiado

Temer: "A gente gostaria, por óbvio, de ter continuidade e o presidente queria ter um candidato que represente tudo isso" (Adriano Machado/Reuters)

Temer: "A gente gostaria, por óbvio, de ter continuidade e o presidente queria ter um candidato que represente tudo isso" (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de fevereiro de 2018 às 17h58.

Brasília - O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, diz que o governo prefere ter apenas um candidato na corrida eleitoral para a presidência da República. O desejo é compartilhado pelo próprio presidente Michel Temer. Se for confirmada a inelegibilidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro acredita que candidatos da esquerda serão beneficiados, mas parte do eleitorado pode migrar para outros candidatos.

"A intenção é ter um candidato só para que o governo tenha certeza da defesa do grande legado que a gente deixa", disse em entrevista coletiva após divulgar números da reforma agrária em 2017. "A gente gostaria, por óbvio, de ter continuidade e o presidente queria ter um candidato que represente tudo isso", completou.

Eliseu Padilha reconheceu que atualmente a base de apoio ao governo conta com dois potenciais candidatos: o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. "Temos de esperar. O tempo vai dizer como serão as candidaturas", disse, ao responder pergunta sobre as intenções de voto dos dois nomes que não passam de 1%. Questionado se, diante dos baixos números de Meirelles e Maia, o nome do governo não poderia ser Geraldo Alckmin (PSDB), Padilha respondeu rapidamente: "Muita calma".

Sobre a perspectiva de que Lula poderá não ter sua candidatura aceita pela Justiça Eleitoral, Padilha comentou que deverá haver divisão entre os eleitores do ex-presidente. Para o ministro, parte do eleitorado com origem no próprio PT tende a migrar para candidaturas do campo da esquerda. "Mas todo o resto dos eleitores pode ir para outros candidatos", disse.

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