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Temer não quer envolvimento na sucessão da Câmara, diz Moura

O líder do governo na Câmara disse que a orientação do presidente interino Michel Temer é de que o governo não se envolva no processo sucessório da Câmara


	Presidente interino Michel Temer: "ele foi pego de surpresa. Eu fui pego de surpresa", afirmou parlamentar
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Presidente interino Michel Temer: "ele foi pego de surpresa. Eu fui pego de surpresa", afirmou parlamentar (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2016 às 16h35.

Brasília - O líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), afirmou nesta quinta-feira que a orientação do presidente interino Michel Temer é de que o governo não se envolva no processo sucessório da Câmara, mas tem expectativa de que a base chegue a um candidato de consenso.

Moura esteve com Temer nesta quinta-feira, pouco depois da renúncia do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Câmara e discutiram este assunto.

"Ele foi pego de surpresa. Eu fui pego de surpresa", afirmou o parlamentar a jornalistas no Palácio do Planalto.

Moura informou que irá reunir ainda nesta quinta os líderes da base aliada para ver como proceder nos trâmites para a eleição de um novo presidente. "Vamos ver se garantimos quórum amanhã e na segunda para acelerar o processo e fazer a eleição (da presidência da Câmara) já na semana que vem", disse.

O líder do governo afirma que a orientação de Temer é a mesma: quer que o governo não se envolva na disputa e deixe a base encontrar um candidato de consenso.

"Não há um candidato da oposição. São todos da base. Então não é um problema para o governo", disse.

De acordo com o parlamentar, existem hoje pelo menos 10 candidatos. Os mais fortes, no entanto, seriam Rogério Rosso (PSD-DF), Beto Mansur (PRB-SP) e Fernando Giacobo (PR-PR).

Pouco depois, em entrevista na Câmara, Moura disse a jornalistas que o governo gostaria até que a eleição do sucessor de Cunha fosse realizada já na segunda-feira.

"Se for possível ser na segunda melhor ainda", disse o líder, que reiterou que o governo não irá interferir na disputa, mas afirmou, ao mesmo tempo, que o perfil que agradaria o Palácio do Planalto no comando da Câmara seria o de um parlamentar da base que tivesse "perfil conciliador".

Além dos nomes citados por Moura, que fazem parte do chamado "centrão" da Câmara, outros partidos da base de Temer também têm nomes que despontam como possíveis candidatos.

No PMDB, partido de Temer, o nome citado é o do deputado Osmar Serraglio (PR), já nos partidos que formavam a oposição à presidente afastada Dilma Rousseff e que agora apoiam Temer, alguns dos nomes mencionados são os dos deputados Heráclito Fortes (PSB-PI), Júlio Delgado (PSB-MG), Antonio Imbassahy (PSDB-BA), Jutahy Júnior (PSDB-BA), Rodrigo Maia (DEM-RJ), José Carlos Aleluia (DEM-BA) e Rubens Bueno (PPS-PR).

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