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Temer mantém distância de palanques nas eleições municipais

Governo diz que ausência de Temer nos palanques se deve à amplitude da base aliada, mas candidatos a prefeito não convidaram presidente para campanha


	Michel Temer: partidos da base aliada não querem associar candidatos ao presidente durante campanha eleitoral
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer: partidos da base aliada não querem associar candidatos ao presidente durante campanha eleitoral (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2016 às 08h11.

São Paulo - Os candidatos a prefeito de partidos da base de Michel Temer nas capitais não terão a presença do presidente em seus palanques.

A tese oficial do Palácio do Planalto é a de que a base partidária do governo é tão ampla que qualquer apoio poderia melindrar outros postulantes de legendas aliadas. Além disso, o presidente estaria focado no ajuste fiscal e não teria tempo para mergulhar no processo eleitoral.

A decisão não incomodou os principais candidatos do PMDB, PSDB, DEM e demais legendas que compõem a coalizão governista. 

Faltando pouco menos de um mês para o primeiro turno, os candidatos dos maiores colégios eleitorais não convidaram Temer para atos de campanha.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que as campanhas do PSDB, DEM e PMDB em São Paulo, Belo Horizonte, Rio e Salvador não pretendem explorar a imagem de Temer em nenhum momento.

"Em Salvador o PMDB tem o vice de ACM Neto (DEM). Lá a base está toda unida, o que poderia ser um facilitador. Mas não creio que se abrirá uma exceção", disse o deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA).

Ele afirmou, porém, que os ministros do governo podem e devem participar. Marqueteiros ouvidos pela reportagem disseram que ainda é interessante mostrar proximidade do candidato local com o Palácio do Planalto, mas sem exaltar a figura do presidente.

Um dos mais próximos auxiliares de Temer, o secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos, Moreira Franco, disse que a eleição municipal não está na pauta.

"Ainda não conversamos sobre eleições municipais. Mas, para o governo, a agenda econômica é quase uma questão exclusiva. A gravidade é de tal ordem e os problemas de tal profundidade que a agenda econômica mobiliza toda a energia."

Segundo uma compilação feita pelo portal G1 com as pesquisas do Ibope realizadas nesta semana, o índice de aprovação de Temer - ótimo e bom - varia de 8% a 19% nas capitais.

O maior índice de aprovação à administração de Temer - bom ou ótimo - foi registrado em Manaus. As pesquisas eleitorais estão registradas nos Tribunais Regionais Eleitorais e no Tribunal Superior Eleitoral.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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