Brasil

Temer lançará pacote para reativar economia e conter crise

Durante encontro com ministros, presidente debateu a aceleração de um pacote que já vem sendo estudado pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento

Michel Temer e Eliseu Padilha: presidente teve encontro no domingo no Palácio do Jaburu com ministros (Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer e Eliseu Padilha: presidente teve encontro no domingo no Palácio do Jaburu com ministros (Ueslei Marcelino/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 12 de dezembro de 2016 às 08h36.

O presidente Michel Temer vai lançar um pacote para estimular a economia e aposta na aprovação de medidas econômicas no Congresso para conter a crise política agravada pelo vazamento de acordo de delação premiada de um ex-executivo da Odebrecht citando o presidente e aliados próximos, de acordo com jornais desta segunda-feira.

Temer realizou uma reunião no domingo no Palácio do Jaburu com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, o secretário do Programa de Parceria de Investimentos, Moreira Franco, e parlamentares para discutir a situação.

No encontro, foi debatida a aceleração de um pacote de estímulos à economia que já vem sendo estudado pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento, e deve ser anunciado nesta semana.

"A prioridade do governo do presidente Temer de fato é o ajuste fiscal, a recuperação da economia, a retomada dos investimentos", disse o líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso, após o encontro, acrescentando que a delação da Odebrecht na Lava Jato não vai interferir no ajuste fiscal.

"Nada vai tirar o foco do ajuste fiscal, são coisas independentes. Ele (Temer) inclusive vai chamar a equipe econômica para os últimos detalhes de um pacote que ele vai lançar, provavelmente esta semana, um pacote para reativar a economia em uma série de ações", acrescentou.

Uma das medidas, de acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, será o anúncio do Programa de Sustentação ao Emprego (PSE), com investimento previsto de 1,3 bilhão de reais.

Outras medidas envolvem ações nas áreas regulatórias, de crédito e competitividade, com o objetivo de melhorar o ambiente de negócios, acrescentou o jornal.

À noite, Temer participou de um jantar com deputados da base aliada na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em que fez um apelo aos parlamentares pela aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017 e a admissibilidade da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça da Casa, segundo o jornal O Globo.

Além das medidas econômicas, outra aposta do presidente para tentar reduzir a crise é um acordo definitivo com o PSDB, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo.

A nomeação do líder do partido na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), para assumir a Secretaria de Governo deve ser a principal medida nesse sentido, segundo o jornal.

A temperatura política voltou a subir em Brasília com o vazamento de delação do ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Claudio Melo Filho, que citou recursos repassados a líderes peemedebistas.

Foram citados o presidente Michel Temer, o ministro Eliseu Padilha, o secretário Moreira Franco, o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), o presidente da Casa, Renan Calheiros (AL), e o líder do governo no Congresso, Romero Jucá (RR), além de políticos de outros partidos, como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

Os políticos negaram qualquer irregularidade.

Acompanhe tudo sobre:Michel TemerCrise econômicaGoverno Temer

Mais de Brasil

Livro resgata a história de Jane Catulle Mendès, criadora da expressão ‘cidade maravilhosa’

Partidos de esquerda do Rio voltam a indicar divisão para chapa de senador em 2026

Anistia será votada? Bolsonaro terá pena reduzida? Entenda os próximos passos do projeto na Câmara

Governo nunca teve intenção de acabar com CPTM, mas futuro será desenhado, diz presidente da estatal