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Temer ignora pressão de aliados e dá fôlego para Moreira Franco

Presidente decidiu esperar veredito de Celso de Mello antes de bater martelo sobre futuro de ministro

Quinta-feira não foi fácil para Moreira Franco: após AGU derrubar liminar que o afastava, outra juíza suspendeu sua nomeação como ministro (Beto Barata/Presidência/Agência Brasil)

Quinta-feira não foi fácil para Moreira Franco: após AGU derrubar liminar que o afastava, outra juíza suspendeu sua nomeação como ministro (Beto Barata/Presidência/Agência Brasil)

Marcelo Ribeiro

Marcelo Ribeiro

Publicado em 9 de fevereiro de 2017 às 20h48.

Brasília - A guerra de liminares, que está marcando a indefinição sobre a nomeação de Moreira Franco (PMDB-RJ) para Secretaria-Geral da Presidência, tem incomodado os aliados do Palácio do Planalto.

Pressionado por membros da base governista do Congresso, o presidente Michel Temer (PMDB) minimizou as críticas e optou por não tomar nenhuma atitude drástica no curto-prazo em relação a um dos principais nomes do núcleo duro do governo.

Segundo auxiliares do Palácio do Planalto, Temer tem afirmado que só baterá o martelo sobre o futuro de Moreira depois que o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), se posicionar sobre a nomeação do peemedebista como ministro.

O magistrado deve se decidir nesta sexta-feira (10) sobre dois mandados de segurança impetrados pelo PSOL e pela Rede Sustentabilidade para barrar a nomeação de Moreira.

Interlocutores de Temer revelaram a EXAME.com que “o presidente está ponderando entre perder apoio dentro da base governista ou demitir um dos aliados mais próximos dele”. A aliados, o presidente tem dito que seria prematuro pedir que Moreira deixasse o governo. Ele defende o amplo de direito de defesa.

“Temer tem conversado com frequência com Moreira, que deu liberdade para que o presidente tome a decisão mais adequada. Ainda assim, Moreira reforçou que pretende continuar no governo e afirmou que sua permanência não atribuirá desconfianças ao comportamento do Planalto”, disse uma fonte próxima ao núcleo duro do governo peemedebista.

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