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Temer: Governo Bolsonaro vai bem porque está dando sequência ao meu

Em entrevista à BBC, ex-presidente elogiou atual governo por dar "continuidade" a seu programa, que inclui reforma da Previdência e reforma tributária

Bolsonaro e Temer: "Eu me recordo, quando presidente da República, eu dizia: 'olha, será bem sucedido o presidente que der sequência àquilo que estou fazendo', disse o emedebista (Adriano Machado/Reuters)

Bolsonaro e Temer: "Eu me recordo, quando presidente da República, eu dizia: 'olha, será bem sucedido o presidente que der sequência àquilo que estou fazendo', disse o emedebista (Adriano Machado/Reuters)

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Clara Cerioni

Publicado em 22 de julho de 2019 às 11h06.

Última atualização em 22 de julho de 2019 às 11h07.

São Paulo — Oito meses após deixar a cadeira presidencial, o ex-presidente Michel Temer tem uma análise positiva do governo de Jair Bolsonaro até agora.

Em entrevista à BBC News Brasil, divulgada nesta segunda-feira (22), o emedebista elogia o atual governo por dar "continuidade" a seu programa, que, segundo ele, inclui a aprovação da reforma da Previdência e a proposta de uma reforma tributária.

"Eu me recordo, quando presidente da República, eu dizia: 'olha, será bem sucedido o presidente que der sequência àquilo que estou fazendo'. Do jeito que as coisas vão indo, o governo vai bem, porque está dando sequência ao nosso governo", afirmou.

Em seguida, Temer também fala sobre o acordo entre a União Europeia e o Mercosul, selado no fim de junho, após vinte anos de negociações.

"Eu dou o exemplo aqui da União Europeia e Mercosul... Como se chegou a isso? Praticamente não deu tempo, digamos assim, no meu governo, de fechar este acordo, mas ele concluiu-se nesse governo. Então, eu digo: o governo Bolsonaro não saiu da linha pré-traçada no meu. E por isso, digamos assim, eu posso falar positivamente em relação ao governo que ele está fazendo", completou.

Durante a entrevista, o ex-presidente comentou, ainda, sobre sua prisão, em março deste ano, as conversas vazadas em 2017 com Joesley Batista, cuja divulgação detonou a maior crise política de seu governo e quase o derrubou, e os vazamento de diálogos atribuídos a Sergio Moro e Deltan Dallagnol.

Para o futuro, Temer revela que se ocupa da própria defesa (ele é réu em seis processos), além de se dedicar a um novo projeto, um romance que qualifica como "uma ficção da minha biografia".

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