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Temer diz que não defende acordo de dívida com os municípios

"Os municípios serão beneficiados indiretamente pela negociação feita com os Estados", justificou o presidente


	Michel Temer: "os municípios serão beneficiados indiretamente pela negociação feita com os Estados"
 (Adriano Machado / Reuters)

Michel Temer: "os municípios serão beneficiados indiretamente pela negociação feita com os Estados" (Adriano Machado / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2016 às 18h21.

Brasília - O presidente em exercício, Michel Temer, explicou, por meio de sua assessoria, que não anunciou a renegociação da dívida dos municípios, a exemplo o que foi feito com os Estados, no início da semana.

"Os municípios serão beneficiados indiretamente pela negociação feita com os Estados", justificou o presidente, segundo a assessoria, esclarecendo que ele "não entendeu" a pergunta.

Pouco antes, ao conceder uma rápida entrevista à imprensa, ao final da cerimônia de entrega das credenciais a embaixadores, a reportagem questionou se o governo pretendia estender aos municípios a renegociação das dívidas feitas pelos Estados.

"Sem dúvida, porque isso pode se refletir em benefícios para os municípios", disse o presidente, em resposta. Pouco depois, o presidente em exercício pediu que se esclarecesse o que "quis dizer" ao dar aquela resposta, informando que os municípios serão beneficiados, indiretamente.

Diante do acordo de renegociação das dívidas dos Estados com a União, prefeituras e empresários da indústria iniciaram uma campanha para receber o mesmo tratamento do governo federal, o que tem potencial para pressionar ainda mais o caixa do Tesouro.

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) reclama da exclusão das prefeituras na negociação. Já a Confederação Nacional da Indústria (CNI) reivindica carência para o pagamento de débitos tributários das empresas com o governo por meio de um novo programa de refinanciamento, o Refis.

No caso dos municípios, a principal demanda é a resolução da dívida previdenciária, que hoje supera R$ 100 bilhões, estima a CNM. A entidade argumenta que o débito precisa ser revisto, uma vez que inclui dívidas prescritas e que continuam sendo cobradas.

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