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Temer diz que meta da gestão é redução do desemprego

Temer informou que, pelas projeções das áreas econômica e trabalhista, a retomada lenta do emprego deve começar no quarto trimestre deste ano

Temer: o presidente disse que está seguro de que aprovará as reformas trabalhista e previdenciária no Congresso (Ueslei Marcelino/Reuters)

Temer: o presidente disse que está seguro de que aprovará as reformas trabalhista e previdenciária no Congresso (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de maio de 2017 às 11h46.

Brasília -- O presidente Michel Temer condiciona o sucesso de seu governo à redução, até o fim de 2018, do número de desempregados. Segundo os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 14,2 milhões de brasileiros estão nessa situação. Embora avalie que a aprovação das reformas trabalhista e da Previdência será muito importante para a retomada do emprego, a derrota no Congresso de uma ou outra não definirá o sucesso do mandato. "O meu principal objetivo é combater o desemprego. Se não conseguir, aí sim você pode dizer que o governo não deu certo. Não é por causa da Previdência."

Em entrevista ao Estado na tarde de sexta-feira (12), poucas horas depois de reunir em cerimônia televisionada todo o seu Ministério para balanço de um ano de governo, Temer informou que, pelas projeções das áreas econômica e trabalhista, a retomada lenta do emprego deve começar no quarto trimestre deste ano.

Temer está seguro de que aprovará as reformas trabalhista e previdenciária no Congresso. Disse acreditar que o PMDB fechará questão para obrigar seus deputados a votarem a favor da reforma da Previdência e minimizou o impacto das críticas de um dos principais cardeais do partido e líder no Senado, Renan Calheiros (AL). "O Renan agora já está comigo."

O presidente voltou a defender seus ministros citados nas delações da Lava Jato, mesmo com prejuízo para a imagem do governo. "Aqui tem pessoas mencionadas que são da melhor qualificação administrativa, prestam um serviço extraordinário. É um custo-benefício que compensa."

Em relação ao seu papel na disputa presidencial em 2018, ele disse que vai depender do êxito do governo. "Se eu estiver bem, é claro que todos virão me procurar em busca de apoio. Se eu estiver mal, ninguém vai querer se aproximar." Depois de lamentar mais uma vez a disputa política agressiva atual no País, afirmou que já não se incomoda tanto com os movimentos que pedem a sua saída do governo. "Aliás, ficou simpático este "Fora, Temer". Eu acho que vou sentir falta."

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