Michel Temer: após afastamento de 2° ministro, presidente interino disse que "não haverá interferências na Lava Jato" (REUTERS/Ueslei Marcelino)
Rita Azevedo
Publicado em 1 de junho de 2016 às 10h57.
São Paulo — Michel Temer aproveitou a posse dos presidentes da Petrobras, BNDES, CF, BB e Ipea para rebater críticas feitas ao governo provisório. Ele disse que os percentuais de gastos com saúde e educação não serão reduzidos e que esses "boatos" devem ser desfeitos.
Sobre o governo Dilma, o presidente interino disse que não iria falar em "herança de espécie nenhuma". "Precisamos modificar esses hábitos que se instalaram no Brasil como se o passado fosse responsável pelo presente", disse ele.
"Gostaria de revelar a verdade dos fatos para que eventuais oportunistas não venham a debitar os erros dessa herança ao nosso governo. Vez ou outra ouço dizer que um governo de 19 dias tem 11,5 milhões de desempregados", afirmou.
Na última terça-feira, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) "comemorou" o recorde de desemprego em sua página no Facebook, como mostrou EXAME.com. Os dados, no entanto, se referem ao governo Dilma.
Lava Jato
No final do discurso, Temer disse que "iria revelar que pela enésima vez ninguém irá interferir na Lava Jato". Em menos de um mês de governom, dois de seus ministros pediram afastamento após serem flagrados em conversas criticando, justamente, a condução da operação.