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Temer diz que Brasil está preparado para suprir saída de médicos cubanos

Temer informou que o Ministério da Saúde já começou a tomar medidas para substituir os 8.332 médicos cubanos no Brasil

Presidente Michel Temer (Valter Campanato/Agência Brasil)

Presidente Michel Temer (Valter Campanato/Agência Brasil)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 16 de novembro de 2018 às 21h33.

Antigua (Guatemala), 16 nov (EFE).- O presidente Michel Temer afirmou nesta sexta-feira que o Brasil está preparado para suprir a saída dos profissionais de Cuba do Programa Mais Médicos, uma decisão tomada pelo governo da ilha em protesto por declarações do presidente eleito, Jair Bolsonaro.

"Se Cuba realmente cumprir isso que alardeou, que divulgou, estamos preparados para, imediatamente, contratar médicos e suprir a eventual falta de médicos cubanos", disse Temer em Antigua, na Guatemala, onde participa da XXVI Cúpula Ibero-Americana.

Por outro lado, o chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez, que também está no evento, agradeceu aos brasileiros que receberam com tanto carinho os profissionais do país, que agora voltarão para casa por serem "vítimas da manipulação política".

Temer informou que o Ministério da Saúde já começou a tomar medidas para substituir os 8.332 médicos cubanos que trabalhavam nas regiões mais remotas e pobres do Brasil por meio de um acordo entre os dois governos e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

Cuba anunciou nesta semana que deixaria o programa em protesto pelas declarações de Bolsonaro, que afirmou que os profissionais que estavam no país viviam em "condições de escravidão" e sem poder trazer suas famílias para o Brasil, condições que deveriam ser mudadas quando ele assumir o poder no próximo dia 1º de janeiro.

Bolsonaro também colocou em dúvida a preparação dos médicos cubanos em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira.

"Devemos destinar aos mais pobres esses profissionais entre aspas, sem nenhuma garantia? Não queremos isso para ninguém no Brasil e menos ainda para os mais pobres. Queremos salário integral e a família deles aqui", disse Bolsonaro.

O presidente eleito voltou a afirmar que concederá asilo aos médicos cubanos que desejarem permanecer no Brasil e que pagará integralmente o salário aos que ficarem no país. Bolsonaro afirma que Cuba fica com 70% do dinheiro pago pelo governo aos profissionais. EFE

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