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Temer diz não ver irregularidade em doações de Foster

Presidente da Petrobras doou dois imóveis a parentes após a compra da Refinaria de Pasadena, no Texas, Estados Unidos


	Michel Temer: ele afirmou que doação é anterior à decisão do Tribunal de Contas da União
 (Wilson Dias/ABr)

Michel Temer: ele afirmou que doação é anterior à decisão do Tribunal de Contas da União (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2014 às 16h51.

Brasília - O vice-presidente Michel Temer disse hoje (21) que não vê nenhuma irregularidade no fato de a presidente da Petrobras, Graça Foster, ter doado dois imóveis a parentes após a compra da Refinaria de Pasadena, no Texas, Estados Unidos.

“Sob o foco jurídico, é a coisa mais natural que acontece. A ideia é essa: houve uma doação com usufruto. Todo mundo faz doação com usufruto enquanto viver. [Só] depois, é que essa doação se concretiza”, explicou Temer, após participar do seminário Brasil nos Trilhos, organizado pela Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos) e a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF).

Temer acrescentou que a doação é anterior à decisão do Tribunal de Contas da União (TCU). “Pelo que li nos jornais, a doação foi feita bem antes, pelos idos de março. Portanto antes da primeira decisão do TCU. Não houve ilegalidade nenhuma. É a coisa mais comum fazer doações. Agora, sobre qual é a razão para ela doar, essa é uma questão subjetiva”, acrescentou o vice-presidente.

Hoje, durante evento no Rio de Janeiro, o presidente do TCU, Augusto Nardes, informou que vai investigar a transferência de bens de Graça Foster a seus dois filhos. A informação sobre a cessão dos imóveis foi divulgada ontem (20), durante o julgamento sobre indisponibilidade dos bens da executiva. Ela é alvo de processo sobre a responsabilidade na compra da Refinaria de Pasadena, no Texas, considerada um prejuízo para a estatal pelo TCU.

Em nota à imprensa, a Petrobras afirmou que a transferência dos bens de Graça estava sendo preparada desde 2013 e negou a relação com o processo.

*Colaborou Isabela Vieira

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