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Temer diz não descartar intervenções federais em outros estados

Temer disse que na quinta vai reunir o novo titular da pasta e governadores de Estado e deixou em aberto a possibilidade de outras ações federais

Michel Temer: "Pontualmente vamos verificar caso a caso", disse o presidente, após ser questionado sobre a possibilidade de uma intervenção especificamente no Ceará (Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer: "Pontualmente vamos verificar caso a caso", disse o presidente, após ser questionado sobre a possibilidade de uma intervenção especificamente no Ceará (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 27 de fevereiro de 2018 às 14h10.

Brasília - O presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira que não descarta que o governo federal possa decretar novas intervenções federais em Estados, na linha do que ele determinou há dez dias na área de segurança pública do Rio de Janeiro.

Em rápida entrevista coletiva após a cerimônia de posse de Raul Jungmann no novo Ministério Extraordinário da Segurança Pública, Temer disse que na quinta vai reunir o novo titular da pasta e governadores de Estado e deixou em aberto a possibilidade de outras ações federais na área de segurança pública em unidades da federação.

"Nós faremos uma reunião logo agora quinta-feira e pontualmente vamos verificar caso a caso", disse o presidente, após ser questionado sobre a possibilidade de uma intervenção especificamente no Ceará, Estado onde nesse início do ano ocorrerram chacinas em presídios.

Aliado de Temer, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), afirmou não haver qualquer necessidade de se fazer uma intervenção na área de segurança no Ceará. Para ele, uma medida dessa natureza seria "demagogia eleitoral" de alguns.

"Situação no Ceará está absolutamente sob controle", disse o senador pelo Ceará.

Outros estados

Nopronunciamento durante a cerimônia, Temer disse que a intervenção federal no Rio tem por objetivo evitar que o Estado desande completamente com a criminalidade, e que isso acabe afetando outros Estados.

O presidente afirmou que o esforço na área de segurança não ficará restrito ao Rio de Janeiro. Disse ainda que já houve uma unificação da área de segurança pública no país, mas ainda não há uma integração da inteligência com os Estados.

Segundo o presidente, a medida provisória que vai criar o novo ministério vai estabelecer a coordenação e integração entre os entes federados nessa área.

O novo ministro da Segurança Pública também defendeu no seu pronunciamento de posse do cargo a criação de um sistema unificado de segurança pública e um maior papel do governo federal para coordenar e promover políticas de combate ao crime organizado.

Raul Jungmann afirmou que irá propor leis e projetos que modernizem o sistema de segurança, e acrescentou acreditar que o Ministério Extraordinário da Segurança Pública não será desfeito por quem quer que seja eleito presidente nas eleições de outubro.

O ministro anunciou ainda na cerimônia de posse que ao assumir o cargo encerra sua carreira como político.

 

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