Vice-presidente Michel Temer: para o presidente em exercício, "não há divergência nenhuma entre a Câmara e o Senado" (Antonio Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 5 de setembro de 2013 às 15h13.
Brasília - O presidente da República em exercício, Michel Temer, afirmou nesta quinta-feira, 5, que aposta em uma "solução negociada" entre os presidentes da Câmara e do Senado em relação ao fim do voto secreto.
Mas Temer mas não quis dizer qual a sua opinião, se prefere que o voto secreto seja apenas para cassação de parlamentares, como quer o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ou quer que seja decretado o fim definitivo de qualquer votação secreta no Congresso, como foi aprovado pelos deputados na última terça-feira.
"O resultado eu não sei dizer qual será", observou. O presidente reconheceu, no entanto, que existem muitos senadores que optam pelo voto aberto para todos os casos e que pesquisa realizada pelo G-1 aponta que 52 dos 81 senadores querem voto aberto para todas as votações.
"Sei que há senadores lá que optam pelo voto aberto para todos os casos. Aparentemente, sim, a maioria (quer voto aberto para tudo)", declarou. Mas, ressalvou: "O que eu quero dizer é que há uma harmonia legislativa e política extraordinária entre a Câmara e o Senado".
Para o presidente em exercício, "não há divergência nenhuma entre a Câmara e o Senado". Temer disse ainda que pelas conversas que manteve com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e o presidente Renan Calheiros, "eles estão se ajustando".
Michel Temer queria fazer uma reunião com os dois nesta quarta, 4, ao mesmo tempo, mas a previsão de votação da MP 615, na Câmara, atrapalhou a realização do encontro. Temer, no entanto, conversou primeiro com Renan e, depois com Henrique Alves, à noite no Planalto.
Após reiterar que Temer e Renan estão "se ajustando", o presidente Temer lembrou que "muitas e muitas vezes existe uma pequena diferença entre a atuação de uma Casa e outra".
Mas insistiu que "o Henrique já declarou hoje que na verdade não tem objeção nenhuma que o Senado vote como pretende votar". Por isso, emendou: "eu acho que há uma pacificação extraordinária de ambas as Casas".
Mesmo diante da insistência dos repórteres sobre qual das duas propostas apoia, o presidente Temer desconversou, sugerindo que é uma decisão do Parlamento.