Temer: “É necessário, diante desse momento de discussões de reformas que estamos tratando no Congresso Nacional, que a gente inclua essa pauta", disse o presidente do Senado (Ueslei Marcelino/Reuters)
Reuters
Publicado em 14 de março de 2017 às 15h55.
Brasília - Com vistas às eleições de 2018, o presidente Michel Temer se reunirá na quarta-feira com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ); do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, para discutir a reforma política e o modelo eleitoral, disse o senador.
De acordo com Eunício, o encontro ocorrerá a convite de Temer e a ideia é discutir uma atualização do sistema eleitoral atual.
“Todos nós sabemos que esse modelo eleitoral... da forma como estava sendo conduzido, é um modelo que ficou velho, arcaico, e que gerou vários problemas”, disse o presidente do Senado.
“É necessário, diante desse momento de discussões de reformas que estamos tratando no Congresso Nacional, que a gente inclua essa pauta que é uma pauta importante, que é a pauta da legislação eleitoral que nós temos que aprimorar para as eleições de 2018”, acrescentou.
Indagado pelos jornalistas, o presidente do Senado negou que as doações eleitorais não declaradas, o chamado caixa dois, serão tema do encontro.
“Tem vários debates sobre isso, mas neste momento não tem nenhuma pauta, nem na pauta da discussão com o presidente e nem na pauta aqui do Senado, algum projeto que não seja a discussão de como serão tratadas as eleições de 2018, que temos prazo para aprovarmos”, garantiu.
A discussão entre representantes de Executivo, Legislativo e Judiciário sobre a reforma política acontece em um momento em que as investigações da operação Lava Jato apontam supostas irregularidades em doações eleitorais, o que tem levado parlamentares a defenderem ser necessária a diferenciação entre o caixa dois puro e simples e a corrupção praticada por meio de doações a campanhas eleitorais.
O debate também ganha força em meio à crescente expectativa pela divulgação dos pedidos de inquérito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com base nos acordos de delação premiada de mais de 70 executivos da Odebrecht na Lava Jato.