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"Desaposentadoria" teria "custo extraordinário", diz Temer

"Se você onerar ainda mais a Previdência Social, que já tem déficit, acho que não vale a pena. Mas isso depende de estudos", disse o vice-presidente


	Michel Temer: "Deveríamos deixar (o debate eleitoral) para o ano que vem", disse o vice-presidente sobre as eleições de 2014.
 (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

Michel Temer: "Deveríamos deixar (o debate eleitoral) para o ano que vem", disse o vice-presidente sobre as eleições de 2014. (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2013 às 21h28.

São Paulo - O vice-presidente Michel Temer afirmou nesta quinta-feira que o projeto de lei que cria a "desaposentadoria", aprovado nesta quarta-feira (10) pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, pode onerar ainda mais a Previdência Social. De acordo com Temer, que participou nesta noite de um debate em São Paulo sobre seu recém-lançado livro "Anônima Intimidade", a proposta de "desaposentadoria" representaria um "custo adicional extraordinário para os cofres públicos". "Se você onerar ainda mais a Previdência Social, que já tem déficit, acho que não vale a pena. Mas isso depende de estudos." Segundo ele, o governo analisará como proceder na questão na próxima semana.

Na prática, o projeto de lei permite ao aposentado renunciar à aposentadoria e continuar a trabalhar para, em seguida, pedir um recálculo do benefício para uma nova aposentadoria. Temer também comentou a antecipação do debate eleitoral. O vice-presidente considera "lamentavelmente prematuro" debater a questão em 2013. "Deveríamos deixar (o debate eleitoral) para o ano que vem." Temer disse que antecipar o debate da sucessão federal traz reflexos até mesmo para o nível estadual.

Temer não comentou as movimentações do governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos (PSB), cotado como possível adversário de Dilma Rousseff (PT) nas eleições de 2014. O vice-presidente disse apenas esperar que "o PSB continue na base aliada e que possam estar juntos no ano que vem".

Em relação ao fato de a inflação em 12 meses ter atingido 6,59% e superado o teto da meta estabelecido pelo Banco Central (BC), de 6,5%, Temer disse que isso pode acontecer durante o ano, mas, depois, essa projeção não se "corporifica". "Nossa esperança e seguramente o trabalho do governo será nessa direção."

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