Brasil

Temer defende poder congressual do PMDB e Eduardo Cunha

Em reunião da Executiva nacional do PMDB, o vice-presidente disse que era o momento para se buscar a "unidade do partido"


	Michel Temer: "Eduardo é o nosso candidato [para a Câmara dos Deputaods]"
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer: "Eduardo é o nosso candidato [para a Câmara dos Deputaods]" (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2015 às 17h45.

Brasília - O vice-presidente da República e presidente do PMDB, Michel Temer, defendeu nesta quarta-feira, 14, que o partido mantenha seu "poder congressual". 

Em reunião da Executiva nacional do PMDB, Temer disse que era o momento para se buscar a "unidade do partido" e fez questão de exaltar que o líder da bancada na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), é o candidato do partido para presidir a Casa.

"Ao contrário do que alguns imaginavam, nunca fui contra (candidatura). Eduardo é o nosso candidato", afirmou Temer, de acordo com o relato de presentes que participaram do encontro, a portas fechadas, na Presidência do PMDB, que fica no Congresso Nacional.

A Executiva Nacional do partido decidiu declarar apoio formal à candidatura de Cunha em reunião comandada por Temer.

A ação tem por objetivo se contrapor à investida do Palácio do Planalto, que tem incentivado aliados a apoiarem o petista Arlindo Chinaglia.

O PMDB referendou a escolha do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), à reeleição - formalmente Renan ainda não formalizou sua candidatura.

Cunha e Renan não participaram do encontro. As eleições para as duas Casas Legislativas estão marcadas para o dia 1º de fevereiro.

A partir de fevereiro, o PMDB terá as maiores bancadas das duas Casas.

Na Câmara, o partido manteve os 66 deputados eleitos em outubro e, dessa forma, ultrapassou o PT, cuja bancada foi reduzida de 69 para 63 representantes.

No Senado, o partido continuará sendo a maior da Casa, com 19 dos 81 senadores.

O partido deseja usar esse "poder congressual", na expressão usada por Temer, para garantir uma boa relação com governo no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.

Mesmo tendo aumentado o espaço na Esplanada de cinco para seis pastas, as bancadas da Câmara e do Senado avaliam terem ficado com ministérios de menor importância do que outros aliados.

Consideram ainda que o governo terá de contar com a ajuda no Congresso do PMDB ao longo de 2015, quando importantes medidas econômicas terão de passar pelo aval do Legislativo.

Cinco presentes ao encontro queixaram-se das articulações dos ministros Gilberto Kassab, das Cidades, e Cid Gomes, da Educação, para criar novos partidos que poderiam enfraquecer o PMDB no Congresso.

A crítica de integrantes do partido é que o movimento conta com o incentivo do Planalto, interessado em diminuir a dependência dos peemedebistas.

Um dos mais exaltados foi o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS). "Todos nós sabemos, ninguém aqui é neném", disse.

"A dobradinha Kassab e Cid foi criada para nos diminuir", criticou ele, ao defender que o partido trabalhe para impedir a saída de parlamentares em direção a essas novas legendas.

Temer não se manifestou sobre os comentários.

Acompanhe tudo sobre:MDB – Movimento Democrático BrasileiroMichel TemerPartidos políticosPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Brasil

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula

Leilão de concessão da Nova Raposo recebe quatro propostas

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas

CNU divulga hoje notas de candidatos reintegrados ao concurso